Isto serve também para os leigos... Todos estamos a serviço!
Ao recordar a pessoa de Inácio de Loyola temos que fazer referência a seus dois grandes legados: os Exercícios Espirituais e a Companhia de Jesus.
A Companhia é, sem dúvida, um dos resultados da experiência dos Exercícios. Nasce da experiência vivida neles pelos primeiros companheiros, que os levou a sentir-se unidos pela amizade que nascia de uma maneira comum de viver a fé, que implicava toda a pessoa.
Os que haviam feito os Exercícios haviam descoberto sua identidade mais profunda como companheiros de Jesus, pecadores, mas chamados, e começaram a sentir que a amizade que os unia ia mais além que o desejo de compartilhar, e os levava a uma missão comum.
Para Inácio e os primeiros companheiros a comunidade não era tanto ajuda para viver sua vida espiritual. A espiritualidade inaciana é para vivê-la em meio ao mundo. Não é conventual. Por isso a insistência de Inácio de que a Companhia fosse diferente, com mais liberdade para o serviço, para a dispersão na missão.
A comunidade nasce de um estilo comum para serviço da missão. Por isso seu sentido é apostólico. Remete para os discípulos que seguem o seu Senhor pelos quais identidade, comunidade e missão são uma espécie de tríptico que projeta luz para compreender...nosso companheirismo...como amigos no Senhor (CG 35, 2.19).
Assim nossa vida de comunidade nasce da missão e se orienta a ela. Por isso sua ênfase não é na uniformidade para fortalecer a unidade, nem na proteção do mundo para salvaguardar a espiritualidade, mas na inspiração e impulso para viver a missão em meio ao mundo.
Os laços de amizade, o espírito de contemplativos na ação, a profundidade do olhar, a radicalidade do compromisso debaixo da bandeira de Cristo, são os traços de nossa vida em comunidade que fortalecem nossa missão. Por isso a vida de comunidade está marcada por nossa amizade e proximidade com os pobres e por um estilo de vida que mostre a "indiferença" diante de lugares, honras, condições para a missão. Chamados a estar onde é maior a necessidade; nas fronteiras nas quais não sabemos com certeza o que se tem que fazer; onde se jogam os valores do Reino. Com essa disponibilidade que nos obriga o discernimento constante, não só pessoal, mas também comunitário, buscando a vontade de Deus para o corpo da Companhia.
A comunidade não somente se orienta em direção à missão. Ela mesma é missão porque deve criar um estilo de viver que anuncia o Evangelho. Esse foi o legado de Jesus: criar uma comunidade de irmãos e irmãs que conseguiu multiplicar-se pelo mundo inteiro. Estamos convidados a ser e criar comunidades de discípulos de Jesus, entusiasmados com sua proposta de Reino.
No Projeto Apostólico Comum, quando falamos na sexta prioridade de fortalecer o corpo apostólico e a colaboração na missão, incluímos como uma linha de ação revitalizar nossa vida comunitária, tendo em conta sua diversidade e promovendo iniciativas concretas que mostrem a estreita relação entre comunidade, identidade e missão.
Isto é parte de nossa missão hoje na América Latina. E assim como para nossos ministérios estamos continuamente em busca de formas de inculturação, de renovação inclusive tecnológica, de colaboração para a missão, de esforços de planejamento e avaliação, de renovação de nossas raízes espirituais e de criação de comunidades de solidariedade; assim também deve ser o esforço para nossa vida comunitária.
Teríamos que nos perguntar se dedicamos o mesmo esforço e criatividade, o mesmo tempo e coração, para fortalecer tanto a comunidade onde vivemos, como a obra em que trabalhamos. Seria o termômetro para medir nossa convicção de que nossas comunidades são elas mesmas missão (CG 35, 3, 41).
Oxalá planejássemos, como forma de comemorar os 200 anos da restauração da Companhia (em 2014), maneiras de revitalizar nossa vida comunitária.
A Companhia é, sem dúvida, um dos resultados da experiência dos Exercícios. Nasce da experiência vivida neles pelos primeiros companheiros, que os levou a sentir-se unidos pela amizade que nascia de uma maneira comum de viver a fé, que implicava toda a pessoa.
Os que haviam feito os Exercícios haviam descoberto sua identidade mais profunda como companheiros de Jesus, pecadores, mas chamados, e começaram a sentir que a amizade que os unia ia mais além que o desejo de compartilhar, e os levava a uma missão comum.
Para Inácio e os primeiros companheiros a comunidade não era tanto ajuda para viver sua vida espiritual. A espiritualidade inaciana é para vivê-la em meio ao mundo. Não é conventual. Por isso a insistência de Inácio de que a Companhia fosse diferente, com mais liberdade para o serviço, para a dispersão na missão.
A comunidade nasce de um estilo comum para serviço da missão. Por isso seu sentido é apostólico. Remete para os discípulos que seguem o seu Senhor pelos quais identidade, comunidade e missão são uma espécie de tríptico que projeta luz para compreender...nosso companheirismo...como amigos no Senhor (CG 35, 2.19).
Assim nossa vida de comunidade nasce da missão e se orienta a ela. Por isso sua ênfase não é na uniformidade para fortalecer a unidade, nem na proteção do mundo para salvaguardar a espiritualidade, mas na inspiração e impulso para viver a missão em meio ao mundo.
Os laços de amizade, o espírito de contemplativos na ação, a profundidade do olhar, a radicalidade do compromisso debaixo da bandeira de Cristo, são os traços de nossa vida em comunidade que fortalecem nossa missão. Por isso a vida de comunidade está marcada por nossa amizade e proximidade com os pobres e por um estilo de vida que mostre a "indiferença" diante de lugares, honras, condições para a missão. Chamados a estar onde é maior a necessidade; nas fronteiras nas quais não sabemos com certeza o que se tem que fazer; onde se jogam os valores do Reino. Com essa disponibilidade que nos obriga o discernimento constante, não só pessoal, mas também comunitário, buscando a vontade de Deus para o corpo da Companhia.
A comunidade não somente se orienta em direção à missão. Ela mesma é missão porque deve criar um estilo de viver que anuncia o Evangelho. Esse foi o legado de Jesus: criar uma comunidade de irmãos e irmãs que conseguiu multiplicar-se pelo mundo inteiro. Estamos convidados a ser e criar comunidades de discípulos de Jesus, entusiasmados com sua proposta de Reino.
No Projeto Apostólico Comum, quando falamos na sexta prioridade de fortalecer o corpo apostólico e a colaboração na missão, incluímos como uma linha de ação revitalizar nossa vida comunitária, tendo em conta sua diversidade e promovendo iniciativas concretas que mostrem a estreita relação entre comunidade, identidade e missão.
Isto é parte de nossa missão hoje na América Latina. E assim como para nossos ministérios estamos continuamente em busca de formas de inculturação, de renovação inclusive tecnológica, de colaboração para a missão, de esforços de planejamento e avaliação, de renovação de nossas raízes espirituais e de criação de comunidades de solidariedade; assim também deve ser o esforço para nossa vida comunitária.
Teríamos que nos perguntar se dedicamos o mesmo esforço e criatividade, o mesmo tempo e coração, para fortalecer tanto a comunidade onde vivemos, como a obra em que trabalhamos. Seria o termômetro para medir nossa convicção de que nossas comunidades são elas mesmas missão (CG 35, 3, 41).
Oxalá planejássemos, como forma de comemorar os 200 anos da restauração da Companhia (em 2014), maneiras de revitalizar nossa vida comunitária.
Rio de Janeiro, 30 de julho de 2012 Jorge Cela, SJ
Presidente da CPAL
Uma pergunta: você é uma pessoa em missão permanente?
0 comments:
Postar um comentário