Juntos somos mais e melhores...
Algumas pessoas decidem viver sozinhas, outras buscam parceiros para partilhar a vida. Viver em comunidade é um risco e, ao mesmo tempo, um mistério. Sabemos, por experiência, que o amor aproxima os diferentes e o egoísmo separa até os iguais... E com esse sonho, alguns conseguem caminhar juntos por pouco tempo; outros, até que a morte os separe.
Os Grupos de Vida, formados por amigos que se reúnem semanalmente, promovem a amizade e o crescimento humano dos seus membros, e por um certo tempo. Isso é bom! Geralmente esses grupos são formados por 10 ou 12 pessoas, facilitando os relacionamentos e apoios mútuos.
As Comunidades Apostólicas se formam como os grupos, mas os superam em sentido de pertença e de compromisso eclesial. Pela nossa vocação batismal, Deus nos convida a colocar a própria vida a serviço dos outros. Aprendemos a conviver para melhor ajudar. Isso é melhor! Contudo, tenho percebido comunidades formadas por pessoas re-ativas, acomodadas, complicadas e passivas, e outras formadas por pessoas pró-ativas, criativas e empreendedoras. Evidentemente, só estas têm futuro!
O convertido Inácio de Loyola passou também por esses estágios. O primeiro grupo de vida se formou no ano de 1524, na Espanha, e durou apenas três anos. Ainda lembramos alguns nomes: Calixto de Sá, Lope de Cáceres, João de Arteaga e João Reynalde... Eles se reuniam no quarto alugado de Inácio, para partilhar a vida. Também havia alguns estudantes e pessoas casadas, sobretudo mulheres devotas e até algumas de má reputação, buscando conversão...
Em Paris, Inácio começa um outro grupo de universitários e conhecemos também os nomes daqueles jovens generosos: João Castro, Pedro de Peralta e Amador de Elduayen... Eles se reúnem para conversar sobre a própria vida e do que sentiam ser de Deus nela...
Por fim, surge uma comunidade apostólica de jovens universitários da Sorbonne, de Paris. Todos fizeram a experiência completa dos Exercícios Espirituais com Inácio de Loyola. Seus nomes? Pedro Fabro, Francisco Xavier, Diogo Laynez, Simão Rodrigues, Afonso Salmerón e Nicolau Bobadilla... Uns são franceses, outros espanhóis e um português... Diversas nacionalidades e temperamentos, mas todos movidos pela mesma vocação: seguir o Senhor como discípulos e ajudar a quem precisar...
Nos grupos de vida, as pessoas se escolhem; nas comunidades apostólicas pró-ativas (não esperam que tudo seja dito e solicitado, mas buscam soluções quando se deparam com algum problema ou dificuldade...), o Senhor os reúne para colaborar com outros numa missão profética de esperança.
Uma pergunta: na sua comunidade você é "re-ativo" ou "pró-ativo"?
Esse texto surge em um momento em que rezo minha provável vocação cvx e inaciana. sou pró-ativo quando me encontro comigo e re-ativo enquanto percebo no grupo uma falta de vontade. Acredito que rezar o sentimento e tomar uma direção mais confiante é o caminho! ou simplesmente mudar de grupo rs
ResponderExcluirGlória a Deus pela beleza desta reflexão. Abs, Eduardo Caridade
ResponderExcluirGrata pelo belo texto!
ResponderExcluirInspirador para continuar a partilha de vida na comunidade. Fico feliz ao perceber que sou pró-ativa, e mais ainda por perceber a pró-atividade dos outros participantes. Viver está proposta é um delicioso desafio.
Deus é bom!
Este texto só veio confirmar o que venho sentindo na CVX já há algum tempo e rezo para que sirva de luz p/ muitos, pois "a messe é grande e poucos são os operários"...
ResponderExcluirProcuro ser pro-ativa,pois de livre vontade escolhi minha família de comunidade ,onde todas procuram viver um só coração e uma só alma,e tem vários pensamentos que fazem ´parte da minhavida espiritual que é de minha fundadora :"Vontade de Deus es meu Paraíso'' e outra que me acompanha nos momentos difíceis na vida comunitária que diz :Pelos acontecimentos da vida conheceremos a vontade de Deus,única jóia que procuramos"
ResponderExcluirIr.Dulce 27 de setembro de 2012 10:45