Sou livre para desfrutar do tempo...
murmurou-se que partiríamos num barco,
tu e
eu somente,
e que
nenhuma alma do mundo saberia dessa nossa peregrinação
para
país nenhum e sem nenhum destino.
Naquele
oceano sem limites,
diante
do teu sorriso silencioso e atento,
os
meus cânticos redobraram de melodias,
livre
como as ondas, livre de toda prisão das palavras.
Não
terá chegado ainda a hora?
Ainda
há aqui o que fazer?
Repara,
a noite vem baixando sobre a praia
e na
luz difusa,
as
aves marinhas vêm voando à procura dos ninhos.
Quem
sabe quando se soltarão as amarras
e o
barco, como o último clarão do poente,
se
dissolverá dentro da noite...
(R. Tagore (1861-1941): Gitanjali, 42)
Um dia não muito distante um "clarão no poente se dissolverá dentro da noite..."
ResponderExcluirTudo será passado e ao mesmo tempo um NOVO como a LUZ de um amanhecer eterno. Será como uma manhã de domingo,serena e cheia de sol, com uma brisa suave, pois SUAVE é a presença daquEle que AMA.