A fé é um dom e um compromisso...
O Papa Bento XVI decidiu proclamar um “Ano da Fé” (11/OUT/2012-24/NOV/2013), na comemoração dos 50 anos do Concilio Vaticano II (1962), e dos 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica (1992).
Mas a fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada e num mundo cheio de mentiras, divisões e morte?
A Fé é a experiência fundamental da vida; encantamento pela pessoa e proposta do Senhor Jesus Ressuscitado. Por isso, esta memória nos leva a agradecer tantos bens recebidos: Criação, humanidade, solidariedade... Temos muitas razões para crer e compartilhar!
Tal vez seja o Ano da Fé e a sua renúncia os acontecimentos mais importante do breve pontificado de Bento XVI; um Kayrós, tempo de graça, para toda a Igreja e toda humanidade, pois estamos umbilicalmente unidos uns aos outros...
O Ano da Fé pretende sacudir a poeira egoísta que carregamos e entrelaçar nossas mãos para construir vida em plenitude num mundo deteriorado e cansado. Precisamos superar a monotonia e fadiga de uma fé superficial e divorciada da vida, fazendo de modo novo coisas melhores.
O Ano da Fé no Brasil começou no meio de uma situação esdrúxula com a justiça enfrentando pessoas `cristãs´ e que se achavam por cima da lei e de todos (mensalão!). Nossa fé ainda não se traduz em gesto de verdade e solidariedade; somos um povo religioso, sim, mas incoerente; rico, sim, mas profundamente injusto e egoísta. Nossa história carrega uma dívida social intolerável!
O Ano da Fé interpela essa nossa moral laicista que separa a vida religiosa das atividades públicas; questiona a esquizofrenia de colocar o interesse pessoal por cima e na frente do público e comunitário. Mentira, relativismo, hedonismo, integrismos y fundamentalismos, adultérios e infidelidades fazem parte das nossas incoerências pessoais e sociais.
A incoerência é tanta que perdemos a capacidade de assombro diante dos escândalos generalizados e as responsabilidades abandonadas! Vivemos sem regras nem valores, como se Deus e os outros não existissem! Nossas limitações precisam ser corrigidas, pois todos aguardam posturas mais includentes e solidárias. As numerosas manifestações lideradas pelos jovens exigem isso!
Será que os cristãos oferecemos o melhor que temos? É bom crer, pois a fé, a esperança e o amor são inseparáveis.
Neste Ano da Fé queremos acolher Jesus como Senhor e Salvador, para que um outro mundo seja possível. Esperamos uma nova primavera no Brasil e na Igreja, tempo de maior solidariedade, onde a Vida nos renove e melhoremos nossas propostas pessoais e sociais.
Redescubramos a alegria de crer em Deus e renovemos o compromisso de sermos mais fraternos, sem preconceitos ou exclusões. Proclamamos e somos uma Boa Nova?
Uma pergunta: os outros são mais felizes pelas consequências da sua fé?
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