Profundidade ou superficialidade...

A gente só chega ao fim quando o fim chega!...

O que você sente quando alguém lhe diz: Você me sufoca!... A alteridade no relacionamento humano é um mistério: Você pensa que ama, mas a outa parte se sente manipulada e sem liberdade... 

Certamente há relacionamentos que não deixam crescer! O mundo interior é um enigma e o interesse que hoje temos por ele, é um sinal dos tempos.

Anos atrás, a interioridade era pouco valorizada. Você tinha que aguentar e suportar! Éramos pura fachada e se vivia como se podia! Os tempos mudaram, mas esse sentir frustrado, reprimido ou libertado é tão antigo quanto a saudade! Saudade de pessoas, do tempo e de Deus...

Perceber e centrar-se em si mesmo; cuidar e descentrar-se no outro; acreditar e sobre-centrar-se em Deus... Práticas naturais e que uma boa psicologia valoriza. Prestar atenção e cuidar são palavras antigas com significados novos: subjetividade, consciência, emoção, liberdade... Muitos séculos se passaram para que o antigo provérbio socrático conhece-te a ti mesmo! fosse experiênciado pela maioria dos humanos. Sem profundidade e carinho a vida perde o seu encanto!

O outro dia uma pessoa jovem me dizia: estou cansando de viver!... Isso é perigoso! No fundo estava-me dizendo: vivo muitas experiências rápidas e descartáveis! Isso realmente cansa! Contudo, há caminhos para se aprofundar e se achegar à interioridade!

Como ser mais gente e viver em profundidade? Pensar, silenciar, perguntar, escutar, ruminar, escrever, orar, contemplar... são alguns dos verbos que ajudam a olhar tudo e todos além das aparências, com respeito e emoção.

O contrário da `interioridade´ não é a `exterioridade´, mas a `superficialidade´!

Parafraseando S. Inácio de Loyola: O que sacia e satisfaz não é o muito consumir ou possuir, mas sentir e saborear internamente cada momento...

Há `espiritualidades´ pouco profundas e profundidades quase `místicas´! Você as percebe?

Uma pergunta: Você já escutou alguma vez: Você me sufoca!... Como se sentiu?