Quem ama exerce Deus... (M. de Barros)
Nunca vimos coisa parecida: o Papa deixou seu cajado de prata e entrou, como um pobre pastor, trazendo um báculo de madeira, tirada dos destroços dos barcos que chegaram clandestinos a Lampedusa. Chegaram e ainda continuam trazendo sua carga humana no meio da escuridão da noite e da indiferença das nações ricas. Homens e mulheres e até algumas crianças, todos africanos empobrecidos, sem papeis e exaustos, despejados nas limpas e belas praias da ilha...
Diante deste drama contínuo, o Papa se aproximou como um bom samaritano. São 113 quilômetros de medos e incertezas que separam esta pequena ilha da África. E nesse trajeto, quantos morreram esperando dias melhores! E quantos ainda aguardam ser reconhecidos como cidadãos pela sociedade europeia! Eles não tem documentos, apenas o sonho de dias melhores...
E os que morreram? Quantos foram? Como se chamavam?... Agora eles não tem nomes, mas provavelmente em algum lugar uma família chora e reza por eles...
O coração do Papa Francisco ficou tocado por esta tragédia que se repete em tantos países... Onde está teu irmão? pergunto Deus a Caim. E o Papa Francisco foi ao encontro desses migrantes muçulmanos e também rezou por aqueles que ficaram no caminho... E disse para todos nós: Somos uma sociedade que não sabe mais chorar, pois globalização a indiferença! Isso é desumano e ao mesmo tempo terrível!
O cajado de madeira é uma apelo a sermos mais simples e solidários!
Este nosso Papa Francisco está sempre nos sinalizando algo sério e importante!
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