Maldita guerra!...

Meu verbo adquiriu espessura de gosma...
A guerra nos acompanha frequentemente na história da humanidade. É mais fácil atacar do que dialogar e se compreender.

Alguns defendem a teoria da “guerra justa”. Mas, toda guerra é injusta e expõe o fracasso da nossa racionalidade!

Felizes os pacíficos! dizia Jesus de Nazaré, ele que viveu sob o domínio romano.  A não violência é registro genético dos cristãos! A guerra só é boa, para que não a experimenta... Ela é sempre anti-evangélica!

O Papa Francisco nos convida frequentemente ao diálogo para superar nossos conflitos e desavenças. A reconciliação é possível e a paz entre os povos também!

O mais triste deste conflito é que as partes combatentes acreditam em Deus!...

Eu sei que o Catecismo da Igreja católica (art. 2309) justifica a intervenção militar em caso de legítima defensa (“guerra justa”) e quando todas as vias diplomáticas e esforços políticos não tiveram êxito.

A quem interessa o conflito? Ajudar Israel? Se Assad for derrubado, o Hizbullá tomará conta da Síria e então Israel correrá maior perigo. Ajudar os rebeldes? Ninguém sabe quem são e o que desejam além de derrubar o Assad. Castigar Assad? Como vítima de agressão estrangeira, ele será um ícone mártir para os fanáticos. Os únicos que vão sofrer são os coitados que receberão as bombas: o exército e o povo.

Oremos para deter tamanha loucura e que aprendamos a superar nossos conflitos dialogando! E, oxalá, consigamos também superar tantas guerras pequenas que nos habitam!

A paz é sempre um dom de Deus e um bem para toda a humanidade!..

5 comentários:

  1. É Marta,orar sempre,principalmente contra a guerra fria,inóspita,traiçoeira, monstruosa, pois deixa suas vítimas sob o jugo do poder que se faz oculto,covarde,indefensável!Vítimas da insanidade de alguns.Barack Obama não está errado nessa hora,posto que, tem momentos que não conseguimos parar o mal apenas com o diálogo, argumentando,em alguns casos encontra-se portas fechadas para a reconciliação,nesse momento é preciso sim, um tratamento de choque! E Deus agirá nele pode crer!

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    1. Tem toda razão, Maria Angela, quando diz INSANIDADE... Pois se toda guerra é maldita, toda guerra é, também, insanamente, "religiosa": o desejo do poder transformou aquele que o deseja em deus para si mesmo, que é a primeira e pior loucura.
      Crendo-se o ávido de poder um deus e crendo que é divina a sua vontade - sim, uma espécie de "loucura a frio", que vivemos quotidianamente - essa pessoa não se deterá diante de NADA, nem em nome de argumento nenhum. Essa é desgraça, a insanidade e a inacessibilidade da guerra!
      A guerra começa pequena... começa no orgulho dentro de cada um... Começa na crença mil vezes equivocada de que somos melhores, maiores, de que devemos ser os primeiros, de que tudo o mais terá que vir depois de nós.
      E isso também não começa do nada. Esse anseio de poder nasce da humilhação, dos sentimentos de inferioridade que as pessoas experimentam, que se tornam tão graves e tão mortais que levam seus sofredores a se transformarem em "deuses", por vingança ou por compensação inconscientes...
      E aí se estabelece o círculo vicioso: as vítimas da guerra de hoje serão os guerreiros de amanhã :'(
      A menos que uma poderosa intervenção se dirigisse tanto a aqueles que fazem a guerra hoje... mas também, ao mesmo tempo, que um amor imenso, maior do que tudo, um amor de fogo e de mar infinito fosse capaz de estender a mão a cada um dos sofredores de hoje. E com tal intensidade e verdade que eles não necessitassem mais nem da guerra nem de nada. Apenas desse amor, que é Deus.
      Oremos!
      Beijo, Maria Angela! Costumo ler suas publicações e gosto muito delas. Fique com Deus!

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    2. E é por isso que - creio eu - fazer a paz consiste em CUIDAR, CUIDAR, CUIDAR...

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  2. Para a jornada de jejum e oração do 7 de setembro, sugiro que cada um, ou que cada grupo que se reúna, faça um gesto concreto de CUIDADO por alguém vitimado pela guerra. Se não das grandes guerras, da pequena guerra quotidiana de nosso egoísmo, de nossa indiferença, de nossa avareza, de nosso consumismo, de nosso preconceito.
    Quem esse gesto seja, acima de tudo, um IR AO ENCONTRO. Porque "DOAR é fácil. Mas DOAR-SE é o que importa."(Jorginho, da Vila do Pequenino Jesus).
    Se esse gesto concreto não for possível, sugiro uma reflexão profunda sobre o significado ATUAL das virtudes: houve um tempo - e muitos foram santos nesse tempo - em que a virtude era centrada no indivíduo. A pobreza, por exemplo, era não ter nada, viver coberto de farrapos, passar fome. A humildade era submeter-se a situações humilhantes, às vezes perpetrar atos autodestrutivos, etc. Mas é preciso ter coragem de perguntar sem rodeios: a quem isso servia? ("a quem serve o Graal?", era a pergunta mágica que, mesmo sem resposta, desencantava e livrava do sofrimento o reino do Rei Enfermo...)
    A virtude, hoje, tem uma clara proposta de voltar-se ao outro. Pobreza não é, necessariamente, não ter - Mas DAR o que se TEM sem medidas. Humildade não é mais, necessariamente, constranger ou diminuir a si mesmo - mas viver sob o imperativo de tratar o OUTRO como alguém mais importante do que eu. Alguém cujas necessidades eu priorizo.
    Gestos concretos nesse sentido também são uma sugestão para a Jornada.
    Oremos pela paz! E que Deus seja tudo em todos!

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