Felicidade sem fim...

Não gosto de palavras nem de gestos acostumados...

As Bem-aventuranças do Evangelho são geniais, pois apresenta um projeto de realização total, pessoal e comunitário. São nove promessas de felicidade plena para todos, independentemente de sua raça, religião ou cultura!

Mas, num mundo tão competitivo e individualista como o nosso, poucos acreditam nos grandes sonhos e até desconfiamos da nossa própria e pequena sombra. Os relacionamentos permanentes nos cansam e a profissão que exercemos suga e estressa. Somos uma geração líquida e enfastiada! Onde estão os bem-aventurados? Cadê a felicidade?

Desde pequenos sonhamos com a felicidade e a vislumbramos por momentos, mas logo escapa e ficamos frustrados. Diga, você é realmente feliz? Não há aplausos que durem para sempre nem vaias que sejam eternas... Mas, como conviver com umas e outras sem desencantar?

Curioso, eu que valorizo tanto a religião, percebo que nenhuma das bem-aventuranças está relacionada com a prática dela! Então, o quê fazer?   

Jesus não promulgou mandamentos; ele simplesmente anunciou bem-aventuranças. Qual a diferença? “A Lei põe o ser humano diante de suas próprias forças e pede-lhe que as use até o máximo; o Evangelho situa o ser humano diante do dom de Deus e pede-lhe que converta verdadeiramente esse dom inefável em fundamento de sua vida...” (J. Jeremias).

Os mandatos e as proibições tem cada vez menos força para modificar a vida das pessoas. A proposta da felicidade contém em si uma busca sem limites.

É feliz quem busca sem descanso o bem dos outros! E eu conheço pessoas assim!