Igreja profética...

Bem-aventurados quando vos perseguirem...
As empresas multinacionais, exploradoras das liberdades humanas e destruidoras do meio ambiente, estão furiosas com o novo Papa.  Até faz pouco tempo, elas viviam felizes com o discurso "sexualmente" moralizante da Igreja Católica. Em quanto a Igreja fale do que tem que falar, isto é da moral e dos bons costumes estaremos tranquilos... Diziam estes filhos do capitalismo selvagem... Mas agora, começaram a perder a tranquilidade!
O Papa Francisco, que não é euro-cêntrico, nem romano-cêntrico e muito menos vaticano-cêntrico, fala de muitas coisas: da imoralidade da guerra, do tráfico de seres humanos (mais lucrativo do que o da droga!) e da globalização da indiferença, fruto de um sistema capitalista injusto e individualista... Este Papa é marxista e fala demais! Calem a sua boca!... dizem atrevidamente estes falsos moralistas. As multinacionais anônimas ficaram com o Papa Francisco super-nervosas...
A invasão americana na Síria, que era iminente, não aconteceu e os fabricantes de armas não gostaram. Depois veio a retaliação: O presidente Obama fechará a sua Embaixada no Vaticano... Isso ainda não aconteceu, mas foi pensado... O Papa cutucou onça com vara curta!
O Papa disse que o capitalismo selvagem empobrece milhões de famílias e até coloca em perigo nações inteiras... E por primeira vez os poderosos Meios de Comunicação Social pediram: Por favor, calem a boca desse homem!...  Esse homem é o Papa Francisco que tem falado como um profeta, contra a escandalosa acumulação de uns poucos à custa  da pobreza e da exclusão de muitos: O sistema social e econômico é injusto em sua raiz...; devemos dizer não a uma economia da exclusão e da desigualdade social; esta economia mata… O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora; os excluídos não são só os ‘explorados’, mas resíduos e ‘sobras´.... desenvolvendo uma globalização da indiferença tornamo-nos incapazes de nos compadecer com os clamores alheios; já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos em cuidar deles...”.

É o clamor do profeta atacando o coração ideológico e falso do sistema imperante!
Vivemos tempos de grande desumanidade, impiedade e crueldade que só serão vencidos com diálogo e maior fraternidade.
O Papa Francisco atualizou o sonho do Jesus: o Reino de Deus é justiça, amor e paz. Uma Igreja profética não é proselitista, mas profundamente atrativa e significativa. E a sociedade precisa dela!
Uma pergunta: Qual é o seu profetismo?

2 comentários:

  1. O Papa Francisco, quando se coloca em defesa do homem é uma visão tão impressionante como seria, talvez, a visão do próprio Jesus. Homem de discernimento: o coração que se derrama em ternura, que abraça os doentes, as crianças, os pequeninos, explode feito um relâmpago quando, sem medo, com todas as letras, denuncia a des-humanização que nos condena a todos, "ativos e passivos" nesse processo, a uma vida mais triste do que a morte. Não por acaso a palavra contada mais vezes nas suas falas é a palavra "FORA": (para fora, sair de nós, ir mais longe, ir ao encontro). Vejo-o realmente no lugar desse bem-aventurado da mais difícil bem-aventurança: a daqueles que são caluniados e perseguidos por causa de Jesus. (Que nos façamos caluniar e perseguir talvez não seja difícil. O melhor de nós faz por onde, rs... Mas que o seja POR JESUS... aí sim, é difícil...) Olho para o Papa Francisco e me pergunto isso mesmo: Qual é o meu profetismo? E queria parecer-me mais a meu pastor na terra! Que ele ilumine, inspire, estimule, aglutine e conduza em massa a Igreja na direção desses tempos proféticos que ele inaugura. Amém.

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  2. Tanto quanto nos primórdios tempos, assim como foi com Jesus, profetizar nunca foi fácil, nem aceitável, porque vai contra os "princípios' e ideais de muitos. Profetizar traz sérias e graves consequências,faz cair muitos tronos,impera o medo da derrocada, mas, quem tem o dom de profetizar, não pode temer. Não será a primeira, e talvez não seja a ultima vez ,mas sim o princípio de um novo fim, e o um novo começo, um despertar de consciência,para bem acolher um mundo renovado, e se ficarmos atentos, perceberemos alguns pequenos sinais no meio de nós, quedas, fraturas de um sistema antes considerado intocável. Jorge Mario Bergoglio, antes como Bispo na Argentina, um País que luta com as adversidades, que busca justiça social também, e ele sem almejar ser Papa, já peregrinava e lutava pelos que viviam às margens da sociedade,um homem a serviço do Reino de Deus, um dos trabalhadores da ultima hora da Vinha do Senhor, nos céus rufam os tambores, tocam as cornetas, é chegada a hora e ela tem que prevalecer, custe o que custar, e isso assusta! E ele continua na sua caminhada, irredutível, mesmo sob ameaças de morte ele já gritava aos quatro cantos da sua Argentina, a desumanidade,a desigualdade que lá imperava.Ontem como Bispo na Argentina, hoje, como Bispo de Roma, continua a profetizar, continua indo de encontro aos que vivem às margens da sociedade, roga por justiça, ressocialização, quer que sejam reintegrados,quebra protocolos,ensina humildade, traz os pobres para dentro de si mesmo, regozija e se faz feliz com eles, toca-lhes, afeta-lhes no mais profundo âmago, faz com que se sintam em alta estima de vida, em apreço, demonstra-lhes o quanto são para ele importantes e os mostra para o mundo, assim como Jesus fez: -"`É deles, o reino de Deus"! Deus, vendo-lhe os esforços, a boa vontade e sabedoria, não quis perdê-lo de vista, lhe esgarçou os horizontes, lhe colocou no mais alto alqueire de todos os campanários, para que sua voz ressoasse como címbalos sobre os campos, e alcançassse longínquos rincões, é preciso que todos ouçam, ouvindo creiam, chegamos no tempo das colheitas, é hora do joio ser arrancado do meio do trigo,sêmen que sacia. Papa Francisco quer falar, quer proclamar, muito mais que profetizar, quer lavrar a terra, semea-la e fazer crescer em nós outros, vida nova. Infelizmente, vivemos numa terra bela por fora, mas feia por dentro. Aqueles que o escolheram no Conclave, não o fizeram ao acaso, sabia que o mundo precisava ser surpreendido, precisava de um homem forte naquela hora, firme,de fé e de coragem, esse é o Papa Francisco, aliás, cognome Francisco, que nunca foi Padre e ou religioso, no seu tempo, também surpreendeu a alta sociedade de Assis, e fez a sua diferença,sem medo fez o que achava ser justo,se rebelou,revolucionou a sociedade que vivia, ganhou a sua liberdade de agir no amor e por amor,curou antes do seu corpo que ardia em febre, o seu espírito! O planeta terra sofrerá ainda muito, muitas "hecatombes", para chegar no ponto que precisa, uma terra restaurada,reformada, revirada, pronta para o plantio de justiça e paz. Salve Papa. Ave Francisco! Estamos contigo em oração....

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