Portanto,
não vos preocupeis com o dia de amanhã...” (Mt 6,34)
Vivemos ocupados
e, provavelmente muito preocupados. Ocupação e competição fazem parte da
vida dos humanos a tal ponto que quando desaparecem ficamos inquietos e angustiados
com o presente e o futuro. “Estar
ocupado” tornou-se obsessão e símbolo de status. Mantemos corpo e mente em constante movimento!
Já
percebeu como a agenda cheia tornou-se parte importante do modo de viver? A
ocupação evita o confronto direto com as questões dolorosas do nosso presente e
passado.
Isso explica por
que o silêncio é tão difícil. Ficar
sossegados e em silêncio é perigoso! Conheci pessoas que só falavam para si
mesmos sem esperar respostas do seu interlocutor... Uma loucura!
Agitação e ocupação se apresentam como estilo de vida e controlam o nosso
modo de ser e de proceder. Somos pressionados a mostrar-nos sempre ocupados e
“produzindo” alguma coisa. E assim, vivemos perdidos numa floresta de
compromissos e atividades, incapazes de dar sentido á própria vida. “As
pessoas “importantes” não tem tempo para nada!...” parecem dizer e esquecem
que as pessoas verdadeiramente disponíveis são as mais importantes!
Contudo,
a “pré-ocupação” é um sintoma e empecilho
muito maior. Desconectados de nossa
interioridade e identidade nos deixamos determinar pelo ambiente e questões
externas perdendo nossa identidade. Investimos
no que não somos e nos afastamos do que somos.
As
“preocupações” evitam novas experiências e nos mantém presos às armadilhas de
sempre. Elas bloqueiam possíveis ações e transformações, pois no impedem de
olhar os desafios, buscando novas soluções.
A pessoa preocupada
se dispersa no ativismo e resseca sua gratuidade. Nunca estão presentes no que
fazem e dizem palavras insossas e estereotipadas.
Jesus Cristo disse
que nossas “preocupações”
impedem a vinda do Reino. É verdade, pois o “preocupado” não espera nada de novo!
Viver o ordinário de forma extraordinária é o segredo para deixar de
lado as malditas preocupações.
Não vos
preocupeis com o dia de amanhã!
Uma
pergunta: Você é uma pessoa disponível?
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