Tua palavra eram doce como o mel!...
Há
pessoas inesquecíveis e outras que nem gostaríamos de ter conhecido. As primeiras são significativas, as outras
certamente não. O que separa umas das outras é o modo de ser e de proceder.
Nossas palavras e gestos são faca de dois
gumes: os positivos encantam, os negativos espantam. Há pessoas que vivem
solitárias em terras desde sempre inabitadas!
Eu gosto de jardins floridos e bem
cultivados e sei que manter essa preciosidade é uma arte cotidiana. Por pura graça encontrei pessoas
encantadoras de palavras marcantes e gestos profundos. Jardins maravilhosos!
Por desgraça, também me deparei não poucas vezes com outras pessoas bem azedas,
espinhosas e cheias de palavras amargas. Uma pena!
Na vida de Inácio de Loyola há um antes e
um depois. E o `depois´ é bem melhor do que
o `antes´, ambos separados pela sua conversão, revertério extraordinário que
mudou sua vida e também a de muitos.
Antes da conversão, Ínhigo de
Loyola dizia `palavras vãs´ com o objetivo de seduzir e enganar. A mentira o habitava e ele, sem escrúpulo, a
compartilhava. Isso lhe criou muitos problemas!
Por sorte, depois da conversão nosso homem
foi diferente e até mudou de rumo e de nome. Agora será Inácio, como aquele mártir bendito
de Roma, destacando-se pelos seus diálogos
espirituais e gestos positivos com todos. Conversas espirituais que traduziam sua
verdade. E esta verdade partilhada começou no campo de
batalha de Pamplona quando, gravemente ferido, Inácio `confessa´ sua vida vã e
desordenada com um companheiro de armas... A
negatividade era partilhada na sua veracidade!... O que Inácio disse? O que
o outro escutou? Isso aconteceu em maio de 1521 quando Inácio tinha trinta
anos de idade!
Inácio caiu gravemente ferido naquela
batalha. Quase morreu... A
convalescença, na casa Torre dos Loyola, foi longa e ele aproveitou para ler
livros espirituais. Houve a tentativa de voltar à vida fútil de antes, mas graças
a Deus não foi possível. Vida nova, leitura diferente e conversas sobre o que sentia
e experimentava... Seus familiares percebiam a mudança e que ele, agora, começava
a "conversar sobre as coisas de Deus". E antes falava de
quê?
Inácio transformado não compartilha mais a
mentira, mas a verdade que o habita. E toma uma nova "determinação",
a de viver conforme o Evangelho de Jesus. Seu irmão Martin e
outros parentes não gostaram e começaram a questioná-lo tentando, por
todos os meios, afastá-lo do seu novo e utópico projeto positivo de viver. Os
sonhos, quando verdadeiros, mexem com todos!
Na base da sua conversão está a grande
conversação que ele começava a manter com Deus. Deus se lhe apresentava cheio de amor e misericórdia... `Miserando
atque eligendo!´ Experimentando a
misericórdia da salvação sentia que também era escolhido!
Inácio agradecido
falava com Deus "como um amigo fala
com o seu amigo". Estes colóquios profundos, significativos e
inesquecíveis, mexiam com a sua sensibilidade e, muitas vezes até lhe faziam
chorar de gratidão. Falava
intimamente com Jesus e
também com o Pai... Escutando Deus, aprendeu a escutar
as pessoas; falando com Deus, aprendeu o devido respeito e
reverência por aqueles com quem também ele conversava... Ele
estava encantado e encantava evangelicamente todos. Eu ainda estou nesse
aprendizado!
Uma pergunta: Você é uma pessoa encantada
e encantadora?
Excelente Reflexão Pe. Jamom , sentimos sua falta no CCB este ano no Retiro de Catequista da Paróquia Santo Inácio .
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