Como um pai no meio de todos...
O ano de 2013 foi de imensa surpresa eclesial! Começou com o susto
da renúncia do Papa Bento XVI,
28/FEV, rompendo uma tradição de mais de 500 anos. E ai pensamos: Se uma tradição se rompe, por que
não outras?... E, enquanto ainda esperamos respostas para essa pergunta, o
gesto entrará certamente na história.
Ficamos pasmos também com a escolha de um Papa jesuíta... Nunca na história da Igreja tinha
acontecido. Os jesuítas cremos que servimos melhor a partir da base. E então a
leitura de alguns: A situação
eclesial deve estar muito complicada (Vatiliks,
IOR, pedofilia...) para
escolher um jesuíta e tentar solucionar os problemas...
E outra grande surpresa a escolha
do nome Francisco! O
pequenino de Assis, aquele que amava a pobreza como irmã e os leprosos
abandonados como filhos. O nome agradou a todos, mas também se rompia uma
tradição milenar, a de escolher nomes de Papas dos 10 primeiros séculos...
E o lema? “Miserando atque eligendo...” Os pastores devem ser mais
misericordiosos e sorridentes com suas ovelhas. E começamos a vislumbrar com
alegria uma Igreja mais acolhedora e inclusiva. Evidente que ainda faltam
muitas coisas (união das Igrejas, reforma da Cúria Romana, maior participação das
mulheres nas estâncias de poder, comunhão aos divorciados, etc). Mas a primavera eclesial já chegou
a nós!
Nossos olhos se encantaram com o que viram na JMJ do Rio de
Janeiro! O Papa era próximo do povo, e beijava crianças e deficientes... E o povo dizia: Parece Jesus no meio de nós! Era a nova evangelização acontecendo
mais por gestos do que por palavras...
E os gestos foram tantos! O Papa Francisco na sua primeira aparição pediu a bênção do povo,
que lotava a Praça São Pedro, antes de abençoá-lo; deixou os imensos apartamentos do
Palácio Apostólico e ficou
morando na Casa Santa Marta, onde já se encontrava desde o Conclave;
continuou com seus sapatos
pretos surrados e não calçou
aqueles vermelhos, estilo Prada, como os imperadores romanos; deixou as capas vermelhas, também imperiais e continuou com
aquela cruz simples e
prateada sobre o seu
peito...
E chorou em Lampedusa, diante da situação trágica de tantos imigrantes afogados no mar; e
nos pediu para orar e jejuar diante do anuncio iminente da invasão da Síria, pelas tropas
dos Estados Unidos...
E, sem esperá-lo, foi nomeado pela revista Time Homem do Ano!
Parabéns santo Padre pois como bispo de Roma foi magnífico e corajoso !
Frases famosas do Papa Francisco:
- 16/MAR: Como eu queria uma Igreja pobre, feita para os pobres!.
- 17/MAR: Um pouco de misericórdia deixa o mundo menos frio e mais justo. Não devemos ter medo da bondade, nem da ternura.
- 28/MAR: Os padres dirijam-se às periferias, onde há mais sofrimento e sangue derramado. Os bispos não sejam apologistas, nem cruzados e se impregnem do odor de seu rebanho.
- 17/ABR: A Igreja não deve ser uma babá que nina uma criança para que ela durma.
- 8/MAI: A pessoa consagrada é uma mãe, deve ser mãe e não uma solteirona (às religiosas para que tenham uma castidade fecunda).
- 8/JUL: A cultura do bem-estar nos torna insensíveis aos gritos do próximo e culmina numa globalização da indiferença (viagem a Lampedusa e drama dos migrantes que atravessam o Mediterrâneo).
- 29/JUL: Se uma pessoa é gay e procura Jesus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? (no avião que o levava de volta à Itália após sua viagem ao Brasil).
- 4/OUT: O cristianismo sem a cruz, sem Jesus, sem despojamento é como uma confeitaria, um lindo bolo.
- 26/NOV: Uma nova tirania invisível impõe leis de uma maneira unilateral e implacável (denunciando a especulação financeira).
Belo texto, padre Ramón! De fato, a eleição do papa Francisco trouxe novos ares à Igreja, novo vigor, novas esperanças. Percebemos o povo mais animado e sentindo-se mais acolhido. Surpresas sempre nos deixam apreensivos.. o pontificado de Francisco tem nos revelado, a cada dia, surpresas muito agradáveis.. Vida longa ao papa Francisco!
ResponderExcluir"Hermosas palabras para referirse a uno de los suyos, un hermano, un compañero.
ResponderExcluirSiguiendo el ejemplo fiel de San Ignacio de Loyola, ¿qué menos se podría esperar de un Jesuita? ¡Sólo mostrar a Jesucristo en su actuar, y todo para mayor gloria de Dios! Eso lo vive y encarna "Francisco". Bendiciones abundantes Padre".