Hoje eu desenho amor...
O
caminho do amor é fonte de vida e sua carência origina diversos transtornos físicos e
emocionais. Um sadio desenvolvimento humano contém certamente estas
experiências:
Autoconhecimento adequado. Somos um “eu” que vive e cresce junto com
outras pessoas, mas ao mesmo tempo nos sentimos separados delas. Fazemos parte
de uma família ou grupo e, contudo, somos desiguais. Aos poucos, tomamos
consciência de nós mesmos e dos desejos pessoais e tomamos decisões pessoais vocacionais, profissionais e afetivas importantes.
Este conhecimento de ser alguém que vive junto e ao mesmo tempo separado é
fundamental.
Liberdade responsável. Quando crianças dependíamos totalmente de nossos pais. Não
há no mundo um ser tão frágil e carente como o humano. A capacidade de ser
independente e de se virar física e emocionalmente foi adquirida com lentidão e
sofrimento. Por algum tempo, outros decidiram por nós, mas aos poucos brotou o desejo de escolher as “próprias” coisas:
amigos, valores, profissão, vocação... Esse “desejo pessoal” é intransferível e marca o modo de expressar a
energia vital de cada um.
A nossa liberdade se expressou
inicialmente como “espontaneidade”
de respostas físicas e afetivas. Depois, passou pelo “Não quero!”,
rotundo e enérgico da criança às propostas dos pais. Mais tarde, passamos pela autonomia, mais ou menos responsável,
do jovem. Conheço adultos onde o “NÃO”, ainda é muito mais frequente do que o
“SIM”. Enfim, a liberdade cresce
quando assumimos com responsabilidade as consequências das próprias decisões.
Criatividade em desenvolvimento. Quando o conhecimento e a liberdade
convergem, brota a criatividade, essa capacidade de renovar a beleza da Criação.
Gerar vida numa infinidade de gestos
é possuir o dom da paternidade ou da maternidade física ou espiritual. Cuidar
com carinho daqueles que um dia nasceram ou entraram nas nossas vidas é sinal
de maturidade.
Capacidade de intimidade. O primeiro relacionamento amoroso foi, evidentemente, com a
própria mãe. Depois, a vida abriu novos horizontes e nos foi relacionando com o
pai, irmãos, parentes e, quem sabe, até com algum animalzinho de estimação
(cachorro, gato, passarinho, etc.). Mais tarde, passamos pela integração na
sala de aula do Grupo Escolar, os “amigos do peito” do Colégio ou da
Faculdade... Aos poucos, surgiram
sentimentos românticos e altruístas: primeiro namoro ou partilha de vida
com alguém que se escolheu como confidente, amigo/a ou companheiro/a de vida...
Crescer na intimidade é fundamental para se sentir feliz e realizado.
A intimidade e a cumplicidade fazem florescer
a energia vital, dando sentido à própria vida.
Integridade e santidade. Encontramos um elo íntimo entre a vivência
positiva da sexualidade e a santidade, entendendo esta como coerência de vida
sempre aberta aos outros. Deus nos criou com características próprias e essa diversidade
colabora na socialização do que somos e temos. A sexualidade, como a
afetividade, são um presente do Criador a serem partilhados com
responsabilidade.
Às vezes, a vivência da sexualidade se
transforma num manancial inesgotável de transtornos. O que era para ser um dom virou pesadelo. Como reverter essa negatividade.
A sexualidade é um caminho para a
santidade e, certamente, a santidade não é para pessoas assexuadas.
A santidade é, simplesmente, integridade
humana, desde a perspectiva da graça. A palavra latina “salus” significa
ao mesmo tempo “saúde” e “salvação”. Sem doação não há amor nem
saúde, nem santidade.
Não há vários tipos de amor nem tipos de
saudades, de ódio ou de inveja. O amor existe
ou não, e nisso radica o nosso drama. Há pessoas que não amam, só pensam em
si mesmas e são incapazes de relacionamentos gratuitos.
As dificuldades nos relacionamentos
indicam carência de amor. O amor não é cego, mas enxerga tudo de
outra forma. A santidade como
o amor se baseiam no respeito, na disposição de ouvir, no perdão oferecido e na
confiança espontaneamente expressada. O amor platônico não faz as pessoas mais
santas.
Quando a energia sexual se transforma por
graça em vinculo de amor, brotam espontaneamente a felicidade, o bem-estar
físico e a santidade.
Quem anda sempre no amor, não cansa nem se
cansa.
Uma pergunta: Você cresce em intimidade?
Uma pergunta: Você cresce em intimidade?
Simplesmente fantástico!... Altamente verdadeiro... (C.B)
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