A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai... (Papa Francisco)
Há uma série de temas e de expectativas sobre a mesa do Papa
Francisco e que esperam por novas ações. Aponto as que me parecem mais relevantes;
1. Simplicidade no interior da Igreja. Os gestos e atitudes do Papa Francisco
indicam um rumo. A simplificação e limitação dos títulos de monsenhor são um
primeiro passo. Paulo VI iniciou um caminho semelhante, mas que não conseguiu
chegar muito longe. Será que neste ano veremos algo mais profundo?
2. Exercício colegial do poder papal. O fato de Francisco ter instituído um
conselho de oito cardeais para assessorá-lo no governo da Igreja inaugurou um
novo estilo, em sintonia com a sinodalidade, tão cultivada na Igreja antiga.
Será seguido nos outros níveis da Igreja católica? Será que o Sínodo dos Bispos
passará a ter funções mais ligadas ao governo da Igreja, embora com menor
produção de documentos doutrinários, que formam uma bela biblioteca, empoeirada
nas nossas prateleiras?
3. Reforma da Cúria Romana. Até agora houve muito trabalho de comissões e
peritos, mas sem desvelar os rumos futuros. O Papa falou de descentralização e
desburocratização. Mas descentralizar para dar maior protagonismo somente aos
Bispos diocesanos ou também às Conferências episcopais? Que novos mecanismos de
participação dos fiéis precisam ser instituídos?
4. Reforma da administração temporal da Santa
Sé. Já começou, com a instituição da Secretaria
para assuntos econômicos, com autoridade sobre as cinco administrações
independentes que existiam, inclusive sobre o IOR, o chamado "Banco do
Vaticano". Mas faltam os regulamentos e as ações concretas. Falta mostrar
que a maior transparência neste campo será algo continuo e não apenas
esporádico.
5. Benevolência da ação pastoral e exigências doutrinárias. Os dois sínodos dos bispos (o extraordinário
deste ano e ordinário do ano que vem), com sua precedente sondagem de opinião,
podem abrir novas perspectivas. Aguardemos.
6. Visita do Papa à Terra Santa no próximo mês
de maio. Conseguirá Francisco
descongelar o frio relacionamento entre católicos e ortodoxos, abrindo
verdadeiras perspectivas de unidade? Conseguirá dar um novo impulso para a
reconciliação entre Israel e Palestina, superando esse diálogo de surdos entre
as duas comunidades, que só enxergam a culpa e as ameaças do outro?
7. Tolerância zero também em outras áreas. Conseguirá o Papa Francisco acabar com o carreirismo
eclesiástico, a corrupção e a ostentação do poder no interior da Igreja
católica? A intervenção feita na Congregação dos Legionários de Cristo, no movimento Regnum Christi, nos Franciscanos da Imaculada... que tenta recuperar
obras e pessoas, terá paralelismos em outras instituições semelhantes que tem belo
discurso e duvidosas ações?
Ainda há muito por fazer! Você apontaria outras
ações urgentes e necessárias?
Ele tem a força e a luz do Espírito Santo... e também, vamos ajudá-lo com nossas orações...
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