No dia 8 visitaremos a Catedral de Santa Maria de Toledo/Espanha, e na sacristia veremos está pintura maravilhosa, O Espólio, Jesus despojado das suas roupas, de El Greco, (1541-1614). Óleo sobre tela, 2, 85m X 1,73m, realizado entre 1577
e 1579. É uma das melhores obras do pintor.
Trata-se dos primeiros trabalhos de El Greco em Toledo, recém-chegado da Itália. Lembro que a catedral é gótica, do século XIII (1227).
Vejamos o Espólio: No canto inferior esquerdo El Greco colocou a Virgem Maria, Madalena e Maria Cléofas; na parte superior, acima da cabeça de Cristo, situou o grupo que o escoltava. O cabido da catedral não aceitou a composição, pois a considerou impropria (as 3 Marias não aparecem nesse momento, as cabeças dos outros destacam sobre a de Cristo...) e lhe ofereceram um preço muito baixo: 228 ducados, que tiveram que subir, em juízo, para 350 ducados.
Obra assinada sobre uma folha de papel que aparece embaixo, à esquerda, em caracteres gregos minúsculos: “Doménikos Theoto [Kópulos]Krès Ep[oíei]”.
O momento do espoliação não era um tema frequente na época. Na composição representa Cristo no centro, olhando para o céu com uma expressão de serenidade, vestido com uma túnica de cor vermelha intensa, que domina o resto da composição e ao seu redor, uma multidão disposta a despi-lo, para começar a Paixão.
A figura de Jesus Cristo destaca-se vigorosamente e parece alheia ao gentio que o rodeia. Uma figura, na parte traseira, com chapéu vermelho, aponta acusadoramente a Jesus, enquanto outros dois discutem sobre as suas vestiduras. Outro homem vestido de verde, à esquerda de Jesus, sujeita-o com uma corda. Outro vestido de amarelo, na parte inferior direita, inclina-se para perfurar um buraco na cruz. O rosto melancólico de Jesus fica violentamente justaposto às figuras dos seus executores, amontoados em torno dele, criando uma impressão de desordem com os seus movimentos, gestos e lanças. No canto inferior esquerdo, aparecem as três Marias contemplando a cena com angústia.
A unidade de composição é tão perfeita que todo o interesse é absorvido pela figura de Jesus. El Greco soube criar este efeito com destreza, estabelecendo uma composição em círculo em torno de Jesus. As massas não estão como em quadros anteriores apenas à direita e à esquerda, encontram-se também ao fundo, para que se destaque o protagonista.
Só Jesus está iluminado. O rosto de Jesus e a sua túnica vermelha formam um contraste muito forte com os obscuros rostos dos acompanhantes e com a cor cinzenta que domina o fundo do quadro e a armadura do cavaleiro, ao lado de Jesus.
Provavelmente poderemos contemplar também a obra prima de El Greco: O enterro do conde de Orgaz, na igreja de São Tomé, em Toledo.
Trata-se dos primeiros trabalhos de El Greco em Toledo, recém-chegado da Itália. Lembro que a catedral é gótica, do século XIII (1227).
Vejamos o Espólio: No canto inferior esquerdo El Greco colocou a Virgem Maria, Madalena e Maria Cléofas; na parte superior, acima da cabeça de Cristo, situou o grupo que o escoltava. O cabido da catedral não aceitou a composição, pois a considerou impropria (as 3 Marias não aparecem nesse momento, as cabeças dos outros destacam sobre a de Cristo...) e lhe ofereceram um preço muito baixo: 228 ducados, que tiveram que subir, em juízo, para 350 ducados.
Obra assinada sobre uma folha de papel que aparece embaixo, à esquerda, em caracteres gregos minúsculos: “Doménikos Theoto [Kópulos]Krès Ep[oíei]”.
O momento do espoliação não era um tema frequente na época. Na composição representa Cristo no centro, olhando para o céu com uma expressão de serenidade, vestido com uma túnica de cor vermelha intensa, que domina o resto da composição e ao seu redor, uma multidão disposta a despi-lo, para começar a Paixão.
A figura de Jesus Cristo destaca-se vigorosamente e parece alheia ao gentio que o rodeia. Uma figura, na parte traseira, com chapéu vermelho, aponta acusadoramente a Jesus, enquanto outros dois discutem sobre as suas vestiduras. Outro homem vestido de verde, à esquerda de Jesus, sujeita-o com uma corda. Outro vestido de amarelo, na parte inferior direita, inclina-se para perfurar um buraco na cruz. O rosto melancólico de Jesus fica violentamente justaposto às figuras dos seus executores, amontoados em torno dele, criando uma impressão de desordem com os seus movimentos, gestos e lanças. No canto inferior esquerdo, aparecem as três Marias contemplando a cena com angústia.
A unidade de composição é tão perfeita que todo o interesse é absorvido pela figura de Jesus. El Greco soube criar este efeito com destreza, estabelecendo uma composição em círculo em torno de Jesus. As massas não estão como em quadros anteriores apenas à direita e à esquerda, encontram-se também ao fundo, para que se destaque o protagonista.
Só Jesus está iluminado. O rosto de Jesus e a sua túnica vermelha formam um contraste muito forte com os obscuros rostos dos acompanhantes e com a cor cinzenta que domina o fundo do quadro e a armadura do cavaleiro, ao lado de Jesus.
Provavelmente poderemos contemplar também a obra prima de El Greco: O enterro do conde de Orgaz, na igreja de São Tomé, em Toledo.
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