Na fé enxergo o amor...
A primeira comunidade de Jerusalém era formada por
judeus que aceitaram Jesus como Messias. Eles cumpriam a Lei
de Moisés, participavam do Templo, mas também se reuniam no entardecer do sábado na fração do Pão, cantando hinos a Jesus, como Cristo e Senhor. Isso
trouxe a admiração de muitos e algumas perseguições dos mais fanáticos.
Os judeus estrangeiros de língua grega, discípulos do Nazareno, foram os que mais sofreram...
No início, os primeiros cristãos foram considerados como uma nova seita dos
judeus. Quando a pequena comunidade de
Jerusalém, Igreja mãe, se abre aos pagãos, em Pentecostes, surge um novo estilo
de viver a fé em Jesus.
O Evangelho de Mateus expressa a experiência dos
cristãos de origem judaica. Eles valorizam a Torá e o culto. Esta comunidade
de Jerusalém tem cultura e costumes judaicos, daí a supremacia do
varão sobre a mulher. Com a revolta judaica (70 DC), muito judeus cristãos
tiveram que fugir de Jerusalém... É o caso da comunidade de Mateus, rejeitada
pelos judeus e desprezada pelos pagãos.
Entendemos, agora, a presença calada e silenciosa de
Maria no evangelho de Mateus. Ela não pronuncia uma palavra, como as
mulheres judias, mas sempre está próxima. Por isso, é
José quem recebe o anuncio do anjo, forma do Deus do AT oferecer uma
missão a alguém.
Maria aparece em dois momentos no Evangelho de Mateus: Nos relatos de infância e no ministério público de
Jesus. Lembra quando a mãe de Jesus pergunta por ele? Os discípulos
estão sentados, ouvindo o Senhor e Ele os assiná-la carinhosamente com o dedo. Ser discípulo é cumprir a vontade
do Pai. Maria
está unida ao seu Filho nos momentos fundamentais da sua vida e
ministério.
Há duas exigências para ser discípulo: Amar o mestre acima de tudo e encantar-se com o seu ensinamento. Maria amou imensamente o seu Filho e os ensinamentos dele permaneciam maravilhosamente no seu coração. Não há Jesus sem Maria nem Maria sem Jesus!
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