Em quanto as feridas estejam abertas, ainda não é Páscoa...
Fizemos a nossa entrega, a nossa opção, eleição em
termos inacianos, respondendo com muito amor aos seus amorosos desejos. Ele nos
chama e convida, para participarmos mais plenamente da sua vida e da sua missão.
Nas contemplações anteriores ouvimos seus apelos e
discernimos para onde Jesus está nos convidando. Agora, diante da contemplação
do amor extremado, procuremos nos unir muito a ele, sentindo sua dor e abandono.
A contemplação da Paixão é participar do
seu amor apaixonado!
Contemplação profunda e silenciosa, esquecidos de
nós mesmos, procuremos ter os sentimentos de Jesus: sentir a sua angústia, a
solidão, o abandono, humilhações e dores...
Contemple os
diversos passos do último dia de Jesus: Última Ceia, horto das Oliveiras, onde suou sangue,
traição de Judas... Preso como malfeitor; abandonado pelos seus...
Veja o local da ceia, a fisionomia dos apóstolos, a
de Judas, a de Jesus... A ida para o horto. O local da oração no horto... Os
guardas com espadas e paus... O beijo de Judas... Os apóstolos fugindo... Jesus
amarrado...
Peça a graça própria desta etapa: dor com Cristo doloroso, quebranto com
Cristo quebrantado, lágrimas, pena interna por tanta pena que Cristo passou por mim.
Nas contemplações além de ver as pessoas umas após as outras, de ouvir
o que falam e de olhar o que fazem, Inácio pede para deixar refletir sobre si mesmo para tirar
algum proveito.
Considere o que Cristo Nosso Senhor padece em sua
humanidade. Sentir
dor, pela dor de Cristo, se entristecer e até chorar por tamanha
tortura.
Considere também como a divindade se esconde e como padece tão crudelissimamente, a sua humanidade.
Considerar também como padece tudo isso por nossos pecados... e se perguntar o que deve
fazer e até padecer por ele.
Há um mistério na dor quando é transpassado pelo amor; converte-se em sacramento da presença do Senhor!
Há um mistério na dor quando é transpassado pelo amor; converte-se em sacramento da presença do Senhor!
NB. Pela manhã, logo ao me despertar,
procurarei pôr diante de mim aonde vou e a que, resumindo um pouco a
contemplação que irei fazer, conforme o mistério que vou contemplar. Enquanto
me lavo e me visto, esforçar-me-ei por entristecer-me e sentir dor por
tanta dor e tanto padecimento de Cristo Nosso Senhor...
Durante este dia não trazer à mente pensamentos
alegres, embora bons e santos, antes, induzindo-me à dor, pena e
tristeza, procurarei frequentemente trazer à memória os
sofrimentos, fadigas e dores que Cristo Nosso Senhor passou, desde o
instante em que nasceu até o mistério da Paixão, que agora me encontro
contemplando.
Texto para orar: Mateus 27, 1-66.
Colóquio: Alma de Cristo, santifica-me; corpo de Cristo,
salva-me; sangue de Cristo, embriaga-me; água do lado de Cristo, lava-me; Paixão
de Cristo, conforta-me; ó bom Jesus, ouve-me; dentro de tuas chagas,
esconde-me; não permitas, que me separe de ti; do inimigo maligno, defende-me; na
hora de minha morte, chama-me; e manda-me ir para ti, para que com teus santos
te louve pelos séculos dos séculos. Amém
0 comments:
Postar um comentário