Temos medo da Boa Nova do Evangelho?
O Papa Francisco falou no encerramento
do Sínodo. Se não o fizesse, seu silêncio poderia parecer omissão numa
assembleia marcada por "animadas
discussões", como ele mesmo as definiu. Como sempre, ele usou palavras
fortes e sinceras, sem medo de se expor e de assumir seu papel de Pastor
Universal, diante de temas delicados e polêmicos.
O Papa Francisco sabe que tem atrás de si a maioria do Sínodo, mas, para um pastor atento à unidade da Igreja, isso não é suficiente. As reservas vieram de diversas partes e alguns até se aproximaram de Bento XVI buscando o seu apoio...
Até agora os Sínodos repetiam o que o Papa e a Cúria Romana queriam ouvir. Este foi diferente já que desde o início o Papa disse: falem abertamente, conforme suas convicções e consciência. E foi o que aconteceu.
Será que finaliza "um" papado espetacular e midiático e começa um novo estilo mais prudente e sofrido reconhecendo as diferenças profundas que existem dentro da própria Igreja? O tempo dirá!
No seu discurso de encerramento o Papa alertou para as tentações que podemos ter, ao reler e refletir sobre os relatórios do Sínodo:
Enrijecimento hostil, fechar-se dentro do escrito e não se deixar
surpreender por Deus, pelo Deus das surpresas (pelo Espírito!);
“Bonismo” destrutivo que em nome de
uma misericórdia enganadora, enfaixa as feridas sem antes curá-las e
medicá-las;
Descer da cruz,
para contentar as pessoas e não realizar a vontade do Pai;
Negligenciar o “depositum fidei” considerando-se não custódios, mas
proprietários ou donos da Boa Nova de Jesus...
As
tentações não devem nem nos assustar nem desconcertar e muito menos
desencorajar, porque nenhum discípulo é maior do que seu mestre... Contudo?
E você, o que opina sobre esta nova forma de exercer a Sinodalidade?
Encanta-me a ousadia no Espírito do Papa Francisco.
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