13. Tomai, Senhor, e recebei... (autobiografia de s. Inácio de Loyola)

No dia 24 de março de 1522, véspera da Anunciação de Maria, Ínhigo se encontrava na basílica de Monserrate, quando acertou com o confessor para que mandasse recolher a sua mula no mosteiro e pudesse dependurar a sua espada e punhal no altar de Nossa Senhora... (Autob. 17). E assim foi!

O Peregrino chegara, cavalgando a sua formosa mula, ao mosteiro beneditino de Monserrate, construído no ano de 1065 a mais de 1.000 m. sobre o nível do mar. A chegada não foi fácil, pois o caminho, íngreme e sinuoso, transcorre no meio de inúmeras "agulhas" daquele maciço sagrado. Ínhigo entrou com devoção na silenciosa igreja e pediu com fé à Mãe de Jesus que o colocasse como companheiro do seu Filho.

Ficou horas a fio pedindo essa graça e examinado sua vida passada, tão ambivalente e irresponsável. Confessou arrependido seus pecados, que não eram poucos. Depois, no amanhecer, dependurou no altar de Nossa Senhora, a Virgem Morena, sua magnífica espada e o punhal que sempre o acompanhara. Desse modo, desejava liquidar o seu passado mundano e vão. Tomai Senhor e recebei toda minha liberdade... Morre o Ínhigo mundano; surge o discípulo Inácio. Em pouco tempo podem acontecer muitas coisas significativas e importantes com a graça de Deus. 

Inácio, homem novo, se despojou de suas máscaras, armaduras e doa sua formosa mula aos frades do mosteiro... Agora será apenas um peregrino, por amor a Jesus.

Por fim, sente livre e animado para percorrer generosamente os caminhos do Evangelho.

Um minuto é tempo suficiente para mudar uma vida!

Uma pergunta: O que você deve entregar para seguir melhor o Senhor?

Um comentário:

  1. Qual é a minha "espada", meu "punhal"? Esta é uma pergunta que sempre me segue. Não é uma pergunta fácil de ser respondida....

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