O Papa Francisco, dias atrás falou do “genocídio”
de mais de um milhão de armênios há 100 anos, pelas tropas do então Império
Otomano (turco). “Genocídio” é o assassinato deliberado
de pessoas motivado por diferenças étnicas ou religiosas.
O término "genocídio" usado pelo Papa na sua
homilia na Basílica de São Pedro, diante dos bispos armênios, 5/ABR,
enfureceu o presidente turco Erdogan que disse: "Quando os políticos e os religiosos assumem o trabalho dos
historiadores, não dizem verdades, mas estupidezes". Como o presidente
turco é um político podemos aplicar-lhe seu próprio diagnóstico: Senhor presidente, por favor, não diga
estupidezes! A história não pode ser manipulada nem ocultada.
Interessante que o Parlamento europeu acaba
de aprovar uma resolução sobre o genocídio armênio lembrando esse centenário
trágico. A Euro Câmara pede às autoridades
da Turquia que se esforcem por reconhecer tal massacre. E elogia a mensagem
do Papa Francisco.
Os massacres por motivos étnicos ou
religiosos são sempre, TAMBÉM HOJE, uma
barbárie.
Os armênios eram
todos cristãos!Se queremos paz entre as religiões não digamos estupidezes...
O extermínio do povo armênio aconteceu e isso é reconhecido por vinte países. No entanto, quando o Papa Francisco usa o termo "genocídio armênio", a Turquia se ofende e reage chamando seu embaixador - primeira de muitas reações por vir. Não suponho que o Papa ignorasse a possibilidade dessa reação. O obscuro jogo de poder tecido em torno do que 'se pode dizer' e do que 'não se pode dizer', o amor das aparências construídas exclusivamente com palavras - contanto se não se diga, nada está acontecendo... Tudo isso é uma marca registrada dos tiranos de todos os tipos, de todos os tempos, de todos os contextos! (M. V)
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