Só o amor salva...


A “emoção” é própria dos humanos. As máquinas realizam o que lhes é pedido, mas nada sentem. Os humanos expressamos nossas emoções positiva ou negativamente. O coração nos trai.

Eis alguns dos estados emocionais que mais reiteradamente nos invadem: Aceitação, Alegria, Amor, Angústia, Ansiedade, Arrependimento, Ciúme, Inveja, Medo, Ódio, Orgulho, Pânico, Paz, Preocupação, Raiva, Remorso, Saudade, Tédio, Temor, Tristeza, Vergonha... Quais dessas emoções é mais frequente em você?

Provavelmente, os estados emocionais negativos são os mais frequentes.

Na Grécia antiga já havia essa vivência diversa nos seus cidadãos: uns, os materialistas (Demócrito (460-370 aC, Epicúreos...), só acreditavam no que viam e sentiam; outros, os idealistas (Platão de Atenas (427-347), chamado assim por suas costas largas, Plotino (205- 270 dC...), vão além de suas próprias percepções, e acreditavam em realidades cognoscitivas escondidas e espirituais.

O povo hebreu, do qual somos devedores, faz parte também desse grupo dos idealistas, embora fosse um povo com os pés bem inseridos na realidade; ele viviam a fé num Deus que “não se via”, mas se fazia sentir e experimentar.

Também hoje encontramos estes dois grupos. Para uns só existe o que se vê ou se sente; para outros, nos quais me encontro, há uma realidade maior além dos nossos sentidos. Após a queda do socialismo real (1989) e da sua ideologia materialista brotou no Ocidente materialista um boom espiritualista que ninguém esperava.

Aproximemo-nos, pois, desse imenso mundo das próprias emoções.

Conhece-te a ti mesmo! (Sócrates) é o primeiro passo para dar nome a essas realidade sentidas e vividas.

Na idade média, as maioria das pessoas viviam com o olhar posto no futuro, na esperança da vida eterna (a partir do séc. XI). Posteriormente, a Reforma protestante centrou-se ao redor da fé (Só a fé salva!) e no presente. Hoje, a cristandade coloca maior ênfase no amor que se concretiza mais em obras do que em palavras.. Ninguém vive sem amar e ser amado...

A esperança transformou-se em alienação para alguns e para outros a fé virou fanatismo. Só o amor não se corrompe com o passar do tempo. Deus é amor (Jo 4, 8.16).

E você em que tempo vive: no passado? No pressente? No futuro? 

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