Somos normais?


Quem é normal? Normatizar, uniformizar por fora ou por dentro, o ser humano é acabar com ele. A riqueza da humanidade é sua diversidade enorme de culturas e afetos. As pessoas ditas “normais” provavelmente não fazem nada significativo e ficam sempre criticando e condenando os diferentes. Eles vivem assustados, isolados e mal humorados...  
Penso que algumas síndromes psiquiátricas poderiam ser entendidas como "formas diferentes de viver e pensar". Numa sociedade plural e democrática convivemos com diversas formas de ser e conviver. Reduzir esse espectro seria violentar o viver de muitos. Penso que a única forma inadmissível na convivência humana deveria ser a violência.   
Os gênios raciocinam de outra maneira! Ouvi isso diversas vezes. Dai aquele antigo proverbio: De gênio e de louco todos temos um pouco.
Muitas manifestações artísticas (pintura, música, escrita, dança...) provavelmente não existiriam se todos fôssemos "normais" pois, em parte, surgiram de manifestações (desordens?) psíquicas pontuais. Daí minha pergunta: Há uma conexão genética entre o “transtorno” psiquiátrico e a criatividade?
Como uma mente “reativa” pode julgar objetivamente uma pessoa proativa ou hiperativa? Como julgar um artista ou até um místicos? As variantes de ser, sentir e agir são múltiplas, e é bom que assim seja.
Só os diferentes são criativos.

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