Uma das
maiores misérias do nosso século é querer reduzir o conceito de cultura àquilo
que um ou outro acredita ser. E isso em nome da lei natural, da tradição ou da religião.
Esse critério rigorista tem matado muita gente, e excluído outro tanto do
convívio das pessoas.
Respeitar e
conviver com as diferenças não é fácil, mas é saudável. Comunidades e famílias que o digam.
A visão
unilateral do mundo é prepotente e colonialista, além de míope, pois reduz o
horizonte dos outros aos próprios interesses e padrões. Nenhum de nós é parâmetro
suficiente para podar o que o Criador realizou.
O que fazer?
Como conviver?
Uma sociedade
verdadeiramente humana e cristã coloca TODOS os seres humanos como centro do
pensamento e da construção de realidades mais abertas e objetivas. A
diversidade de raças, culturas e religiões devem representar a grandeza de
Deus, e o “multiverso” de todos. Não há
um ser humano igual a outro! E nessa diversidade há uma riqueza quase
infinita que deveríamos admirar e não acabar.
Uniformizar
todos pelo mesmo padrão é simplificar a riqueza do Criador.
Essa atitude
prepotente levou ao massacre e desconstrução de muitos povos europeus,
ameríndios e africanos. E ao rompimento da caridade cristã!
Conviver com
o diverso é a única forma de se relacionar com o Criador.
Sejamos
construtores de uma sociedade “poliédrica”, mais justa, diversa e fraterna.
Que tipo de sociedade e Igreja vamos deixar aos que vierem depois
de nós?
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