Como ajudar aos refugiados da Síria?

Ficar chocado não é o suficiente. O choque tem que ser seguido de ação...
Há uma onda humana de migrantes chegando à Europa. São milhares e enfrentam jornadas perigosas e extenuantes, fugindo da miséria, dos conflitos de guerra e das perseguições religiosas.
Buscam novos céus e nova terra; apenas um refúgio melhor para os filhos, mesmo que isso lhes custe a própria vida. É uma calamidade humana! América viveu esse arribo 100 anos atrás, quando aqui chegaram italianos, portugueses, japoneses buscando novas oportunidades. Quase todos nós somos descendentes de migrantes!
COMO AJUDAR ESSE POVO? Um caminho rápido é fazer doações em dinheiro a entidades reconhecidas internacionalmente pelo trabalho que oferecem aos refugiados.
O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) tem um site para doações (http://donate.unhcr.org/pt), e vai lançar, nos próximos dias, um canal direto para quem quer ajudar os imigrantes que fazem a travessia em botes pelos mar Mediterrâneo. A contribuição é feita em reais, pelo cartão de crédito.
Uma página para a crise na Síria, que completa quatro anos em 2015 (3 milhões de refugiados), está no ar há mais tempo (http://donate.unhcr.org/pt/siria). Nela, há informações atuais de como é usado o dinheiro arrecadado:
- uma doação de R$ 165 permite fornecer cobertores térmicos de lã para aquecer uma família durante o rigoroso inverno na região;
- uma doação de R$ 1.150 permite oferecer uma tenda para abrigar uma família inteira durante os meses de frio.
O doador pode escolher entre valores pré-determinados ou indicar com quanto quer contribuir. Mas, não faz diferença por qual dos sites do Acnur a doação é feita: o dinheiro é distribuído conforme as demandas da organização. 
UNICEF. É outra entidade ligada à ONU. O site brasileiro da Unicef (https://secure.unicef.org.br/Default.aspx?origem=brasil). Em 2013, foi realizada uma campanha de curta duração para arrecadar fundos em prol da Síria. Neste momento, todas as doações feitas pelo site são direcionadas exclusivamente a projetos nacionais.
NO SITE GLOBAL DA UNICEF (http://bit.ly/1Ku8iKq), o doador pode escolher entre oito opções, sendo uma delas a crise na Síria. O valor é cobrado em dólares, no cartão de crédito, o que implica no pagamento de imposto sobre operação financeira realizada no exterior.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS (MSF), que tem 250 mil doadores no Brasil, direciona os valores coletados conforme a demanda de cada um de seus projetos (dentro ou fora do país). A doação pode ser feita em reais no site brasileiro (https://www.msf.org.br/doador-sem-fronteiras), por boleto bancário ou cartão de crédito.
A partir de maio deste ano, a MSF iniciou ações de busca, resgate e atendimento médico no mar Mediterrâneo com três embarcações (uma delas em parceria com a MOAs --Migrant Offshore Aid Station--, fundação com base em Malta). Desde então, 15 mil pessoas à deriva foram socorridas pelas duas entidades.
A CRUZ VERMELHA, que tem 23 filiais no Brasil, faz campanhas de arrecadação geralmente para suas ações estaduais. Portanto, doações por meio de seu site (http://www.cruzvermelha.org.br/) são destinadas a projetos exclusivamente realizados no país.
Para ajudar os imigrantes que estão agora na Europa, é preciso acessar os sites da Federação Internacional (http://ifrc.org/) e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (https://www.icrc.org/eng/donations/), onde é possível doar em reais. 
Em casos de catástrofes como a sofrida pelo Nepal, após um terremoto em abril de 2015, a fundação internacional aciona seus representantes no mundo todo e pede a abertura de contas bancárias para receber as doações.
Não foi feita, por enquanto, nenhuma solicitação ao Brasil para que inicie uma campanha com foco nos imigrantes que chegam ao território europeu.
Aos interessados em colaborar com essas e outras organizações de assistência humanitária, um detalhe importante: não há incentivo fiscal no Brasil a doadores pessoa física. Apenas pessoas jurídicas podem pedir abatimento do imposto de renda.

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    Para escutar o testemunho do Bruno Franguelli, jesuita de São Paulo, num acampamento de refugiados no Quênia CLIQUE AQUI

Um comentário:

  1. Ótima iniciativa, Pe. Ramón! Não há fronteiras para os que são filhos do mesmo Pai!

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