O Papa Francisco falou aos congressistas, e dali para o mundo utilizando uma linguagem universal, acessível aos católicos e aos que não o são.
O Papa começou citando Moisés, “o
Patriarca e legislador do Povo de Israel”, e elogiando o trabalho de seus
interlocutores: “em fazer
com que este país cresça como Nação”. Com isso ganhou a plateia.
Nenhum dos temas
importantes ficou fora do discurso. Lembrou quatro figuras emblemáticas da história norte-americana: “Abraham Lincoln, a liberdade; Martin Luther King, uma
liberdade que se vive na pluralidade e não na exclusão; Dorothy Day, a justiça social e os direitos das pessoas; e Thomas Merton, a capacidade de diálogo e a
abertura a Deus”. Quatro representantes do povo
norte-americano.
Chamou ao compromisso na defesa da paz e da justiça. A cooperação entre as religiões “é um potente instrumento na luta para erradicar as novas formas
mundiais de escravidão...”, quando “o mundo é cada vez mais um lugar de
conflitos violentos, de ódio nocivo, de sangrenta atrocidade, cometida inclusive em nome de Deus e
da religião”. Esperança, reconciliação, paz e justiça.
Falou dos imigrantes e dos
refugiados e, se colocou como filho de imigrantes. Pediu uma resposta “fraterna” para os que chegam procurando melhores
condições de vida, e recorreu a uma frase do Evangelho de Mateus: “Façam aos outros aquilo que vocês querem que lhes façam”.
Insistiu,
seguindo os bispos católicos dos Estados Unidos, na necessidade de abolir a pena de morte. Muitos participantes que
haviam aplaudido intervenções anteriores permaneceram em silêncio nesse
momento. E defendeu aos pobres.
Também incluiu o tema
ambiental e o cuidado com a natureza, questões que serão
centrais no seu discurso nas Nações Unidas.
Criticou o armamentismo e pediu uma conversão para “acabar com os muitos conflitos armados que
afligem nosso mundo”.
Fez uma firme defesa da família, com tudo o que ela significa a partir
da doutrina católica a respeito do aborto e da indissolubilidade do vínculo,
mas evitou usar tom polêmico sobre estes pontos. Pediu para se “criar pontes” entre visões diferentes e
insistiu em “iniciar processos”,
antes que “manter espaços”.
Congresso lotado, e milhões de pessoas ouvindo-o pelos meios de comunicação...
QUEREMOS PAZ E RESPEITO!
Gostaria de pedir seu comentário sobre esta fala do Papa em seu discurso na ONU. O que realmente ele quer dizer? " Por isso, a defesa do ambiente e a luta contra a exclusão exigem o reconhecimento duma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher (cf. Enc. Laudato si’, 155) e o respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões.
ResponderExcluirSem o reconhecimento de alguns limites éticos naturais inultrapassáveis e sem a imediata atuação dos referidos pilares do desenvolvimento humano integral, o ideal de «preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra» (Carta das Nações Unidas, Preâmbulo) e «promover o progresso social e um padrão mais elevado de viver em maior liberdade» (ibid.) corre o risco de se tornar uma miragem inatingível ou, pior ainda, palavras vazias que servem como desculpa para qualquer abuso e corrupção ou para promover uma colonização ideológica através da imposição de modelos e estilos de vida anormais, alheios à identidade dos povos e, em última análise, irresponsáveis.es (cf. ibid., 123; 136)."