Méteme, Padre eterno, en tu pecho,
misterioso hogar;
dormiré en él, pues vengo desecho
de tanto bregar... (M. Unamuno)
Pouco tempo atrás, a irmã morte passou por perto e escolheu pessoas queridas. Chegou, como quase sempre, sem avisar.
A morte faz parte da vida, mas a gente não se acostuma com ela. Ela é sorrateira, pois quando menos a esperamos se lança sobre a vítima; a derruba e a leva. Quem será o próximo? Nunca se sabe. Doença? Desastre?... Os desastres, inesperados, deixam a todos perplexos e seguem um roteiro: UTI, velório, enterro; dor, lágrimas e desconcerto. Uma tristeza!
O que dizer aos pais que por tanto tempo acalentaram seus filhos? Sonhos perdidos, partidos e doídos. Talvez o silêncio meditativo seja a melhor atitude diante de tamanha perda. Hoje comemoramos os fieis defuntos e lembramos de parentes, amigos e conhecidos... São tantos e tantas que já passaram pela nossa vida! Todos com nome, rosto e histórias inesquecíveis... Lembramos deles e delas, como flores bonitas e perfumadas que um dia nos encantaram.
No decorrer da vida tenho aprendido algumas coisas e uma delas, quase sagrada, é o valor da amizade. Ela é importante. Curtir como crianças a presença dos outros, enquanto caminham conosco, e se alegrar simplesmente com isso. Rir de coração cheio, em céu de brigadeiro e, às vezes, até chorar juntos, à luz das estrelas. O que mais dizer? A vida é bonita e o Senhor habita nela.
Peço a Deus pelos que já partiram e ao mesmo tempo agradeço por entrelaçar, de algum modo, as nossas vidas. Foi muito bom caminhar juntos, enquanto pudemos; agora o fazemos na saudade...
Aos que ficam, faço um apelo singelo: não desperdicemos o tempo, pois ele é precioso e curto.
E termino rezando, pois acredito na Ressurreição daqueles que em Jesus foram batizados: Faz, Senhor, que as nossas vidas Te sejam sempre agradáveis. Que não nos separemos por muito tempo da verdade e do amor. E quando, um dia, a irmã morte chegar e nos pegar pela mão, possamos partir felizes, pelo dom da vida que pudemos curtir. Obrigado, Pai, pois o tempo nos foi dado para fazer o bem.
E, oxalá que um dia, como santo Estevão, discípulo predileto de Jesus, possamos também nós dizer: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem de pé, à minha espera! (At 7, 56). Senhor Jesus recebe meu espírito... (At 7, 59). E escutar a sua voz divina ecoando: Hoje, meu amigo muito amado, estarás comigo e para sempre no Paraíso!
Agradecemos a Deus por cada um e cada uma.
NB. Se quiser, coloque o nome das pessoas queridas que deseja serem lembradas...
Muitoo lindo. Emocionante....
ResponderExcluirPe Ramon, como sempre seus artigos tocam ao coração. A saudade é enorme..... grande abraço do amigo Leandro Cunha
ResponderExcluirOlá Pe. Ramon, lindo texto. Me fêz lembrar tantas pessoas que passaram pela minha vida e que a marcaram.E outras que passaram e eu não soube retribuir o amor que recebi.. sinto saudades de todos.
ResponderExcluirAbraços
Marilene Queiroz
belissimas palavras, serve de consolo e ânimo ao lembra do enter querido. parabéns.
ResponderExcluirOlá Pe Ramón!
ResponderExcluirMuito linda essa homenagem póstuma, só não gostei de "fiéis defuntos", muito fúnebre, pois pessoas a quem gostamos não morre, ausentam de nossas vidas. Naveguei pelo seu Blog e está de parabéns. Precisa divulgà-lo mais, só tomei conhecimento agora. Vou recomendá-lo em minha coluna Opinião. Grande abraço, sou seu fâ. Armando Lemes.
Fabriciano e Josefina...
ResponderExcluirPadres Rigolin, Ângelo Soutinho, Six,..
ResponderExcluirJorge e Maria...
ResponderExcluirJesuino Secco, Elvira Secco Zambelli, Henrique Zambelli... enfim família Secco e famílias dos Santos
ResponderExcluirFamília Secco e família dos Santos
ResponderExcluirDona Maria...
ResponderExcluirConsolador!...
ResponderExcluirBebê João Pedro.