A crise nacional está chegando ao seu limite. Estamos à beira de um precipício, onde podem despencar nossas instituições, levando a rupturas mais desastradas que o rompimento da barragem em Mariana.
Diante da gravidade da situação, seria
o momento dos Três Poderes, demonstrarem lucidez, equilíbrio e determinação.
Infelizmente, não é isto que está ocorrendo. Ao contrário, os poderes
estabelecidos estão se fragilizando, num processo de rápido desgaste, que
transmite insegurança diante dos desdobramentos que fatalmente se desenham pela
frente.
Diante da urgência de enfrentar a crise econômica com rapidez e
determinação, o Executivo se vê
questionado diariamente, e intimidado com ameaças de boicote legislativo.
Por sua vez o Legislativo vai
rapidamente perdendo sua credibilidade com a constatação do envolvimento de
diversos parlamentares em escândalos financeiros. Este desgaste se acelera com
a desfaçatez em usar a imunidade parlamentar para proteger os ilícitos
praticados com desenvoltura e atrevimento.
Para segurar a barra da constitucionalidade, o Judiciário tenta demonstrar eficácia e autoridade nas decisões
relativas aos casos que lhe são apresentados. Mas há outros casos que também
deveriam ser submetidos ao crivo do Judiciário. E os membros do Supremo
precisam sempre deixar muito claro que suas decisões não se amparam em
preferências políticas, que por vezes são solenemente encobertas de aparente
neutralidade, mas na verdade têm destinação partidária.
Agora, com a decisão de abrir o processo de impeachment da Presidente
Dilma, por parte do Presidente da Câmara dos Deputados, chegamos ao cúmulo da desfaçatez política, e do cinismo parlamentar.
Pois além de usar e abusar da imunidade parlamentar para encobrir suas
trapaças financeiras, o Presidente da
Câmara, conspurcado com o lodo de suas ladroeiras, pretende usar suas
prerrogativas constitucionais para arrastar a Presidente para a mesma lama em
que se vê envolvido. Vendo que se afoga, tenta puxar para dentro da fossa quem
a ele está ligado por laços de ofício constitucional, como se a Constituição
fosse um refúgio para quem faz da política um arsenal de expedientes
ilícitos.
A gravidade da crise
exige reação pronta e eficaz. Não se pode permitir que a atividade
política fique agora toda ela comprometida com os debates em torno da proposta
de impeachment.
Antes de mais nada, é preciso identificar com clareza quais são os
motivos que levaram o Presidente da Câmara a tomar esta decisão.
Com a mesma rapidez com que o Supremo decidiu pela prisão de um Senador,
deveria analisar agora as acusações
feitas contra o Presidente da Câmara.
Para que, o quanto antes, se deixem de lado as intrigas inúteis, e todos
se voltem, autoridades e cidadania, para o enfrentamento da crise, enquanto
ainda é tempo de evitar os desastres que ela pode trazer para o país.
A hora é de seriedade
e apreensão. “Quem sabe, faz a hora!” A crise poderá se transformar em nova
oportunidade para o Brasil.
Chega de intrigas. Vamos cuidar da
crise!
Com um clero incapaz de enxergar a realidade política e social brasileira fica fácil de entender a crescente insignificância institucional da Igreja Católica que, sob uma CNBB, Pastorais e Comissões nacionais empulhadas de ideologia esquecem de Cristo e sacrificam povo de Deus no altar do esquerdismo.
ResponderExcluirE pensar que já tivemos Dom Hélder, Dom Luciano SJ e tantos outros gigantes à frente da Igreja, hoje temos Demétrio Valentini, fadado à insignificância da história.
Símbolo da baixeza do texto extraio o seguinte trecho, digno de heróis como Rui Falcão ou José Dirceu:
"Pois além de usar e abusar da imunidade parlamentar para encobrir suas trapaças financeiras, o Presidente da Câmara, conspurcado com o lodo de suas ladroeiras, pretende usar suas prerrogativas constitucionais para ARRASTAR A PRESIDENTE para a mesma lama em que se vê envolvido."
O que? Alguém precisa puxa-la para que se macule com a lama?
É inacreditável
Até agora, foi seguido todos as etapas legais do processo. Não é golpe. O legislativo tem todo direito de investigar o executivo. O nome disso é divisão dos três poderes. Foi assim com callor, foi assim com o FHC e vai ser com Dillma, podendo ser inocentada ou não. A esquerda (e incluo o clero esquerdos) deveria parar de infantilidade e parar com os personalismo e se atentar que não foi o presidente da camada que pediu a abertura do procesdo, ele apenas autorizou. A cnbb deveria também ser mais coerente, porque na época do callor ela não ficou com tantos "não o toque" pra cima do presidente. Aliás, s cnbb deveria parar de ser a Igreja de corte do PT
ResponderExcluirHeitor