Estamos acostumados a ouvir falar mais
do "pecado original" do que da grande "bênção
original" de Deus, após a Criação. No princípio foi a
bênção Deus, e só depois o pecado humano. Como
colocar no mesmo plano a maravilhosa ação divina e a própria limitação humana.
Eis o conteúdo do bestseller de Matthew
Fox, “Original Blessing”, e que anos atrás o cardeal Ratzinger quis
condenar como “perigoso e induzindo ao
erro”. Estávamos tão
acostumados à maldição e ao castigo divinos que, até a sua bênção passou por
nós despercebida. Vivemos por séculos à sombra do grande Agostinho
(354-430), e da sua teologia pessimista do pecado. Outra visão, otimista e graciosa da Criação e da história humana, é
possível.
Falamos por séculos do “pecado original” e silenciamos da “bênção original” do Criador. Por
quê? O Credo de Nicéia, 325, anterior a S. Agostinho, afirma: Confesso um só batismo para o perdão dos
pecados (no plural).
O que entendemos por bênção original?
Deus criou o Universo (ou pluriverso!) por amor. E nos relatos da
Criação, no primeiro livro do Gênese, consta explicitamente a bênção do Criador
(Gn 1,28; 2, 3). A bênção de Deus se manifesta amplamente
na Criação, tão bela e diversa. Como
destruir a obra de Deus com nossa pequenez humana! Nunca o ser humano conseguirá acabar ou se desfazer da bênção original de
Deus!
E depois da Criação a Redenção. Jesus é a maior bênção do Pai para nós.
Vivamos, pois, felizes nessa imensa bondade
do Criador e acompanhemos, com gratidão, o louvor que brota por toda parte.
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