No início do cristianismo, nenhum homem se entregou tão generosamente ao seguimento de Jesus, quanto Paulo de Tarso (*3 - +60). Na sua pequena cidade vivia-se um pouco, o mundo todo, pois lá circulavam as três grandes culturas da época: hebraica, grega e a romana.
Podemos dividir a vida de são Paulo em duas partes. Os 30 primeiros anos, de Tarso até Damasco, aparece mais o perseguidor; nos outros 30 anos, de Damasco até Roma, onde morrerá decapitado, o seguidor de Jesus.
No início, impelido pelos condicionamentos da sua época e cultura, Saulo combateu sem tréguas e sem descanso os seguidores do Nazareno, pois via neles os inimigos da religião revelada. Depois da experiência de Damasco, seguira Jesus com ardor apaixonado. Paulo não conhece meio termo: de inimigo se fez amigo e como todo convertido, detesta a mediocridade.
Como aconteceu esta mudança?
Corria o ano 36 da nossa era. Saulo, como um louco, se dirige para a capital da Síria, Damasco, querendo acabar com os discípulos de Jesus. Ele Já tinha feito isso na Judéia, quando participou do apedrejamento de Estêvão em Jerusalém. Saulo, com o poder que só os fanáticos têm, convertera-se em dono da vida e da morte. As comunidades cristãs o temiam, e com razão, pois ele era cruel, frio e desumano.
Pois bem, quando estava às portas de Damasco foi derrubado misteriosamente. acontecendo coisas profundíssimas na sua mente e no seu coração. Veja como foi:
- Por que me persegues?... Pergunta direta. É o grito do pobre e do oprimido que, sem outro poder, confronta o seu opressor.
- Quem és tu, Senhor?, resmungou Saulo, abalado por aquela primeira pergunta.
Diálogo angustiado e arredio. Desde a morte brutal do diácono Estêvão, sua alma se transformara num verdadeiro campo de batalha. Eis agora Saulo pelo chão, caído, cegado, repassando sua vida. Seus olhos fechados jamais enxergaram tanto e em tão pouco tempo. Não podia fugir... Jesus Ressuscitado veio ao seu encontro!
- Eu sou Jesus, a quem tu persegues! Diante do santo nome de Jesus, o coração de Saulo bateu fortemente. Desmoronava um estilo prepotente de vida e começava a nascer o melhor discípulo do cristianismo. Paulo será o triunfo da razão e da fé sobre o fanatismo da lei.
Você já percebeu como nos momentos mais importantes da vida, quando vai tomar decisões importantes, mil pensamentos perpassam pela sua cabeça? Parece como se fosse o fim do mundo. Só depois, com o passar do tempo, é que a luz e a paz se instalam, no próprio coração. Paulo experimentou, naquele momento, o amor de Jesus que o salvava. Então, veio a pergunta existencial, fundamental:
- Senhor, que queres que eu faça?...
Se Saulo fizera tanto contra Cristo, quanto não fará por ele e com ele mudando de objetivo e ideal? A verdadeira experiência cristã personaliza e completa nossa personalidade. Somente o Senhor pode curar nossas incertezas e feridas com a sua presença.
Desde então e por 30 anos, Paulo percorreu a Ásia Menor, Grécia, Palestina, falando de Jesus e fortalecendo as incipientes comunidades cristãs. Um dia, o prenderam e o denunciaram. Que ironia, de perseguidor passou a ser perseguido por causa de Cristo e condenado à morte.
Uma velha capa para defender-se do frio da Europa, uns livros sacros e uns pergaminhos: eis toda a fortuna que este homem tinha em Roma. De quem nada mais esperava do mundo, tudo pode o mundo esperar! A espada do carrasco cortou, por fim, sua cabeça. Era o ano 60 da era cristã: Pelejei o bom combate... Terminei a minha carreira... Guardei a fé!
Precisamos de mais discípulos de Jesus, como Paulo!
Uma pergunta: O que você fez, faz e pode fazer por Jesus?
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