Imagine
a sociedade como uma selva. Usamos a comparação para dizer
que vivemos num mundo onde o mais forte
ganha. Na sociedade humana “mais forte”
significa maior (tamanho) e mais forte (físico), mas também mais “poderoso”: ter mais poder, dinheiro, condições, recursos, atenção, spolight, voz,
oportunidade, circunstâncias, berço, personalidade e “n” outras variáveis,
todas enquadradas em ter “mais energia”.
A diferença, porém,
entre a selva e a sociedade é que na
selva não se mata ou se “abusa” de outra criatura pelo simples prazer pessoal.
Todos, grandes e pequenos, fortes e fracos, são orientados pela mesma lei que
governa o todo. Na natureza temos ecossistemas, onde os seres vivos
nele presentes se harmonizam com o todo do qual fazem parte.
Nós,
humanos, muito mais complexos e complicados, também nos
“harmonizamos” com o todo no qual vivemos, ou seja a cultura da nossa sociedade,
mesmo quando esta é doentia. Então, numa
sociedade que preza o poder no sentido do “estar acima e por cima de alguém” eis que todos seus membros são
compelidos a buscar e alcançar este tão ambicionado status: ter poder sobre alguém.
Ter
poder é bom? Faz sentir inicialmente mais fortes,
mais capazes, mais poderosos. O problema
é que o poder por si só é um desastre. O poder é um meio, é um instrumento.
Evidentemente que o uso do “poder” vai depender da cabeça de seu proprietário.
E por cabeça entendemos: valores,
educação, conhecimento e consciência.
Eis
que chegamos à Síndrome do Pequeno Poder. O “poder” não nos torna uma pessoa melhor. É preciso ter muita sabedoria para saber o
que fazer com os meios poderosos que temos nas mãos. Infelizmente, muitos
buscam brilho e status, poder e lustro mesmo sem nenhum merecimento. Daí a tamanha corrupção!
A
natureza não dá saltos. Dar poder a uma barata não a faz
evoluir mais rapidamente. A Síndrome do
Pequeno Poder é um sintoma de uma cultura perdida, onde o que sobrou é se
afirmar para cima dos outros, se aproveitando de suas fraquezas e
vulnerabilidades, mas também de sua ingenuidade e bondade. Temos muitas pessoas
com cérebros diminutos, moral aos trapos e empatia zero em lugares de poder. A Síndrome do Poder Pequeno retrata a
situação de corrupção que hoje vivenciamos.
Esta Síndrome,
segundo a psicologia, é uma atitude de
autoritarismo e que usa o poder de forma absoluta e irresponsável. Em
inglês dizem: “my way or the
highway” (ou do meu jeito, ou rua!).
Uma pergunta: Você usa o seu poder em beneficio dos outros?
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