Fernando Cardenal morreu no sábado, dia 20/FEV. Sua vida não foi
fácil. Colocar-se ao lado de uma Igreja pobre e com os pobres lhe custou muitos
sofrimentos. Primeiro trabalhou com afinco na Universidade Centro-Americana (UCA),
como responsável pelo corpo discente; depois foi líder da Juventude Sandinista e, por fim, ministro da Educação do Governo Sandinista. O Vaticano daquela
época ficou horrorizado com o compromisso corajoso deste padre jesuíta. Ajudar à juventude, desde um governo de
esquerdas, não era nada bom...
O legado que o Pe.
Fernando nos deixa foi o de uma fidelidade extrema a Deus e aos jovens,
numa Igreja com cheiro de ovelha... Quem
o conheceu dizia sem duvidar: Sempre foi um homem de Deus.
Em 1978 denunciou, no Congresso Americano e de clergyman, os abusos do ditador Somoza, apoiado
pelo Governo USA, contra a população civil da Nicaragua. O Pe. Fernando costumava dizer que ele era “ministro de Deus e do povo”. O Vaticano lhe proibiu exercer seu
ministério sacerdotal, e pediu sua expulsão da Companhia de Jesus.
E assim foi feito.
Fernando Cardenal foi expulso da ordem jesuíta em 1985, mas
continuou a morar nas nossas comunidades, mesmo como ministro sandinista. Ele sempre se sentiu jesuíta e todos sabiam
que sua expulsão fora mais um ato político do que religioso. Mais tarde, o
mesmo Pe. Fernando pediu sua readmissão oficial na Companhia. E assim lhe foi concedido.
Nestes dias de luto, muitas pessoas expressaram sua
admiração por este homem corajoso e fiel, e entre os quais eu me incluo. O atual arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, também manifestou
os seus pêsames e solidariedade..
Eu fico encantado de ver como
as coisas mudam na Igreja!
Nossa, padre, seja sincero. Ele é a vergonha da companhia. Esse homem era uma víbora comunista que perseguiu muitos inocentes se aliando a um governo ditatorial.
ResponderExcluirSe ele não se arrependeu, deve estar queimando no inferno de
Heitor