No século XIII, Deus disse a humanidade que éramos todos irmãos, por meio de um Francisco, e este
nos ensinou a rezar, pedindo a paz como sinal dessa fraternidade. Agora, no
século XXI, Deus volta a nos falar de fraternidade e cuidado da casa comum como
reverência a toda a criação, por meio de outro Francisco, que
nos ensina de novo a direcionar nossos desejos de paz. Em gratidão aos
três anos de Pontificado de Francisco, queremos rezar juntos como irmãos.
Oração de São Francisco de Assis
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Oração pela Paz com o Papa Francisco
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1. Senhor, fazei de mim um
instrumento de vossa paz;
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1. Senhor, “infundi em nós a coragem” para
“trabalhar pela paz” de modo que o “estilo da nossa vida se torne: shalom,
paz, salam!” (Invocação pela Paz, Celebração do XLIX Dia Mundial da Paz)
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2.Onde houver ódio, que eu leve o
amor;
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2. Onde houver “níveis alarmantes de
ódio e violência” e “odiosas generalizações”, que possamos levar o “nome de
Deus que é misericórdia” (EG, 61, 253).
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3.Onde houver discórdia, que eu leve
a união;
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3. Onde houver “feridos
por antigas divisões”, que possamos mostrar que “não ignoramos a sua dor ou
pretendemos fazer-lhes perder a memória”, mas que possamos ser testemunhas do
“Espírito que harmoniza todas as diversidades” e deseja selar um “pacto
cultural” e assim fazer surgir uma “diversidade reconciliada” e uma “ecologia
cultural” (EG 230, LS, 143).
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4.Onde houver dúvidas, que eu leve a
fé;
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4. Onde houver “dúvidas” ou “fases de
aridez, até de um certo cansaço”, que saibamos oferecer “uma pedagogia que
introduza a pessoa passo a passo até chegar à plena apropriação do mistério”
(EG, 54, 171)
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5.Onde houver erros, que eu leve a
verdade;
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5. Onde houver “erros”, que saibamos
ensinar que “não se aprende apenas das virtudes dos santos, mas também das
faltas e dos erros e não nos preocupemos só com não cair em erros
doutrinais, mas também com ser fiéis a este caminho luminoso de vida e sabedoria
e assim ajudar as pessoas a chegar a um estado de maturidade, isto é, para
que as pessoas sejam capazes de decisões verdadeiramente livres e
responsáveis porque é frequente dirigir aos defensores da “ortodoxia” a
acusação de passividade, de indulgência ou de cumplicidade culpáveis frente a
situações intoleráveis de injustiça e de regimes políticos que mantêm estas
situações” (Discurso à Associação Internacional de Direito Penal, EG, 194,
171).
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6.Onde houver ofensa, que eu leve o
perdão;
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6. Onde houver “ofensas” e “violação
da dignidade pessoal” que saibamos reconhecer que “a bondade não é fraqueza,
mas verdadeira força capaz de renunciar à vingança”, e assim romper o
“círculo” de “violência” (EG 213, Encontro com crianças na
Albânia)
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7.Onde houver desespero, que eu leve
a esperança;
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7. Onde houver “vidas ceifadas por
falta de possibilidades”, que saibamos ensinar a “pedir a graça da esperança
que não é otimismo, mas uma força que ressuscita e infunde a coragem para
olhar o futuro” (EG 54, Entre memória e esperança, Misericordiae vultus, 10).
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8.Onde houver tristeza, que eu leve a
alegria;
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8. Onde houver uma “tristeza
individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca
desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada” ou “pessoas que
se vergam à tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar
[...] especialmente das populações das periferias urbanas e das zonas rurais
– sem terra, sem teto, sem pão, sem saúde – lesadas em seus direitos” que
saibamos ajudar a compreender que a “alegria não se vive da mesma maneira em
todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras” porém, “adapta-se
e transforma-se, e sempre permanece pelo menos como um feixe de luz” que
torna “possível desenvolver uma nova capacidade de sair de si mesmo rumo ao
outro” (EG 191, 6; LS 208).
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9.Onde houver trevas, que eu leve a
luz.
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9.Onde houver “tantos anos e tantos
momentos de hostilidade e escuridão, abri os nossos olhos e os nossos
corações”, que possamos ajudar a compreender que “encontra-se o amor de Deus
dentro de nós, inclusive nos momentos obscuros, e assim caminhemos rumo à
luz” (Invocação pela Paz, Encontro com crianças pelo Pontifício
Conselho para a Cultura).
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10.Ó
Mestre, fazei com que eu procure mais consolar, que ser consolado;
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10. Ó “Mestre de vida, mais do que um
mestre de doutrina”, fazei que procuremos apenas encontrar “a consolação de
uma Igreja-mãe que sai de si mesma” e renunciar as “consolações feitas
por nós” mesmos que “não servem” porque assim o coração “não se
torna humilde” (Pentecostes de 2014, Sair para dar a vida).
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11.Compreender, que ser compreendido;
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11. Que a “centralidade da
misericórdia” reflita no “discernimento” que “significa não fugir, mas ler a
realidade seriamente, sem preconceito” para melhor “compreender até onde
chega a sua misericórdia”, “melhor nos conhecermos e compreendermos” e
assim “elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse
todas as formas de violência e discriminação”, pois “realidade é mais
importante do que a ideia” (Aula Magna na Pontifícia Faculdade de
Teologia de Sardenha , Misericordiae vultus, 23, EG 231).
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12.Amar, que ser amado;
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12. Que “toquemos a miséria humana,
que toquemos a carne sofredora dos outros e renunciemos a procurar aqueles
abrigos pessoais ou comunitários que permitem manter-nos à distância do nó do
drama humano, a fim de aceitarmos verdadeiramente entrar em contato com a
vida concreta dos outros e conhecermos a força da ternura” (EG 270).
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13.Pois é dando que se recebe;
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13. Pois é renunciando a ser uma
Igreja “autoreferencial” que se redescobre o “sacrificar-se com alegria” e a
“alegria de crer”, para melhor sermos uma “Igreja pobre e para os
pobres”, que aprende com a “sabedoria dos bairros populares”, capaz de
“tecer laços de pertença e convivência que transformam a superlotação numa
experiência comunitária, onde se derrubam os muros do eu e superam as
barreiras do egoísmo” (Visita a Kangemi, EG 95, 86, LS, 112).
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14.É perdoando, que se é perdoado;
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14. É “reconhecendo, em primeiro
lugar, que somos pecadores e depois alargar o coração até esquecer as ofensas
recebidas”, pois “para sermos misericordiosos” é necessário o “conhecimento
de si mesmos e alargar o coração” (Cristãos disfarçados).
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15. E é morrendo que se vive para a
vida eterna.
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15. É morrendo para tudo que leva a
“despersonalização da pastoral” que por sua vez “leva a prestar
mais atenção à organização do que às pessoas” vivendo “num estado de absoluta
dependência dos seus pontos de vista frequentemente imaginários” que podemos
viver para “tornar o Reino de Deus presente no mundo” e crescermos na
consciência do cuidado pela casa comum de que são “inseparáveis a preocupação
pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a
paz interior” (EG 82, 176, A Curia Romana e o Corpo de Cristo, LS, 10).
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