1. O ESPÍRITO SANTO É AMOR...



Nos Exercícios Espirituais Inacianos precisamos afinar nossos sentidos (“ver”, “ouvir”, “falar”), para sentir a presença de Deus na própria vida e na dos outros. Não precisamos falar muito de Deus, mas em Deus.  Não discutir sobre o mistério, mas introduzir-nos nele. Deixar arder em si a chama da gratuidade, e concretizar o que o Amado propõe. Deus se aproxima e sempre tem algo a dizer e fazer.

Somos imagem e semelhança de Deus... Todo “ser humano” é imagem e semelhança (Gn 1, 26-27) individualmente e como humanidade. Cremos em Deus? Acolhamos, amemos! Não há contradição entre a fé e o amor, entre unidade fundamental de Deus e a trindade de pessoas. A tragédia é ficarmos, surdos, mudos e paralisados. Como não entendemos, silenciamos e a empobrecemos.

A contemplação da divindade é para todos, não só para os místicos e para as pessoas do futuro.  Sentir e saborear, mais do que o muito saber... (EE2). Admirar a unidade em tanta diversidade que nos rodeia.

Alguns se fizeram materialistas e ateus, por só acreditar no que viam. Tales de Mileto achava que o princípio aglutinador de tudo era a água; outros achavam que era o ar, pois sem ele morremos. Hoje temos outros princípios pseudo-aglutinadores (ou desagregadores), como o dinheiro, o poder, a corrupção...

No mundo nada acontece por puro acaso. Há uma grande harmonia e beleza que todos vemos, mas quem fica só nisso ainda não chegou a Deus. E pode cair no fatalismo do factum, do que acontece ou está predeterminado. Nem tudo está definido, como nos horóscopos, pois a pessoa humana pode dar um novo sentido ao que acontece. Somos livres ou condicionados?

Eu aprendi na marra que não há fé sem amor, nem amor se fé. Quem ama acredita na pessoa amada, e se não acredito é por que provavelmente o amor sumiu...

Quem é Deus para mim? Relaciono-me com Ele com amor? E o outro (homem ou mulher, bonito ou feio, pobre ou rico...)? Os preconceitos não nos cristianizam.

Para rezar: João 21, 1-22.

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