Minha “sombra”, minha vida...

 O passado obscuro dele é um rio...

Não é fácil assumir a própria “sombra”, esse lado escuro e negativo, escondido no nosso inconsciente. Geralmente a ocultamos, mas ela teimosamente se projeta.

A projeção da sombra faz com que se enxergue no outro o que, na verdade, é sombrio em si mesmo; e não queremos ver nem aceitar. É mais fácil apontar o dedo do que aceitar a “sombra” que nos pertence. Projetar a “sombra” é referir ao “outro” aquilo que existe de nebuloso na própria personalidade.

A sombra é perigosa, quando não é reconhecida. A pessoa projeta suas qualidades indesejáveis nos outros ou se deixa dominar por ela, sem o perceber.

Não aceitar a presença da própria “sombra” é perigoso, pois ela pode agir de forma inesperada, e fazer coisas que sequer o indivíduo entende por que o fez. Se o material da “sombra” tornar-se consciente, menos ela poderá nos dominar.

Um indicativo da atuação da sombra é quando uma carga afetiva entra em jogo em algum relacionamento ou situação. Há coisas que gostamos e outras que não gostamos, mas quando somos especialmente afetados é bem provável que exista a projeção da “sombra”.

No caso da projeção é aquele algo considerado ruim ou negativo no outro, mas que causa admiração em nós. Ou então, algo no outro que nos desagrada de forma acima da média. Quantas pessoas expressam suas opiniões de modo grosseiro e raivoso. Enxergam o cisco no olho alheio e não percebem a viga que eles carregam! 

O que fazer? A sombra é parte integrante da nossa natureza e nunca pode ser simplesmente eliminada. Uma pessoa sem sombra é incompleta. Sendo assim, conhecer a sombra é essencial para que ela não seja projetada nos outros.

Por isso, eu digo: Minha “sombra”, minha vida!

E você o que diz?