Retrospectiva eclesial segundo o Pe. A. Spadaro SJ...

A tocante visita à Auschwitz e aos refugiados na Ilha de Lesbos, na Grécia, a publicação da Amoris Laetitia e ainda o histórico encontro com o Patriarca Kirill, em Havana, além da visita a Lund, na Suécia, para o encontro com os luteranos. Eis alguns dos momentos fortes do Papa Francisco em 2016. O Pe. Antônio Spadaro o confirma:

As duas grandes marcas do Pontificado de Francisco são o discernimento e a misericórdia. A misericórdia implica uma profunda reforma interior da Igreja missionária. Nunca nada poderá nos separar do amor do Senhor. Mostrar o rosto de Deus a uma geração que sente Deus um pouco distante, por nossa culpa. As portas do coração de Deus e da Igreja estão sempre abertas.

Diante do sofrimento, Francisco escolheu o caminho do silêncio e da escuta. Deus está sempre próximo da humanidade sofredora. Silenciar e tocar, estar ao lado e acaricia as feridas, porque este é o modo de curá-las.

O conflito faz parte da vida. O Papa fica preocupado quando nada se move, quando não existem tensões, nem oposições. Amoris laetitia é um documento extraordinário, porque coloca a história, não somente a do povo de Deus, mas também a de cada fiel no centro da relação entre homem e Deus. Coloca o discernimento como critério fundamental, e a família como núcleo central. Mas também as situações de fratura, de crise... neste caso, não há normas gerais absolutas, abstratas e válidas para cada situação, mas um convite a cada pastor para estar próximo do fiel, da história de cada pessoa.

O Papa está sempre sereno. Percebe o que acontece, mas não perde a paz. Ele diz que come e dorme bem, e reza muito.

Deus seja louvado pelo ano que termina e que 2017 seja ainda muito melhor!