Toda morte deixa tristeza, e a de Jesus,
além disso, deixa também silêncio e saudade. O
Sábado Santo é tempo de luto e reflexão.
Precisamos
acolher o silêncio da ausência e
refletir sobre como continuar.
A
pedra do sepulcro faz cair na realidade. Sempre é assim, quando se fecha um
sepulcro parece que tudo terminou.
O Sábado Santo é um dia sem liturgia, e recorda a tristeza dos discípulos. “O Rei
dorme”, comenta uma antiga homilia sobre o Sábado Santo. O povo acompanha a Virgem dolorosa, e espera
com ela a aurora pascal.
As
discípulas cuidam do corpo destroçado e o ungem com aromas. Quanto mais ferido
mais perfumado e amado...
O Sábado Santo recorda a “descida de Jesus aos infernos”, o que
equivale dizer: experimentar até o fundo o poder da morte e do vazio.
É muito duro viver em um Sábado Santo prolongado. Mas, às vezes, surgem vozes de esperanças, mumurios
de anjos que falam de esperança, e de vida nova. O Senhor ressuscitou! Exagero? Insensatez? Loucura? O futuro dirá
quem tem a razão.
Conheço
pessoas agnósticas e outras crentes. Por graça, o Senhor me colocou no meio das
que acreditam. No meu coração há sempre uma esperança germinal. O amanhã vai ser melhor!
Se
o grão de trigo não morrer não produzirá fruto... Sábado Santo é tempo de esperanças.
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