No último ano
diversos padres jovens, idade média de 34 anos, acabaram dramaticamente com a
vida. Somos humanos, e o estresse ocupacional mata.
Excesso de trabalho, falta de lazer, perda da
motivação. O
grau de exigência da Igreja é muito grande, pois espera-se que o padre seja, no
mínimo, modelo de virtude e santidade. Qualquer deslize, por menor que seja,
vira alvo de crítica e julgamento por parte da comunidade. Por medo, culpa ou vergonha, muitos não pedem ajuda.
A vida sacerdotal é uma das profissões mais
estressantes (28%),
e até superior ao de policiais
(26%) e executivos (20%).
Padres diocesanos, que trabalham em paróquias, estão mais propensos a sofrer de estresse do que monges e frades que vivem em comunidades. E um dos fatores é a falta de privacidade.
Não interessa se
estão tristes, cansados ou doentes, padres têm que estar à disposição dos fiéis
24 horas por dia, e sete dias por semana.
Quando caí em depressão virei alcoólatra, pensei em
suicídio, perdi o ânimo para rezar. Passei oito meses sem celebrar missa. Achei
que aquela noite não teria fim... A
vida sacerdotal é mais atribulada do que se costuma imaginar.
Batizados, casamentos,
visitas a doentes, confissão, aulas em universidades, presença em pastorais... O Padre precisa sempre estar bem e de bom
humor. Sobra trabalho e falta tempo. Se não tomar cuidado,
o sacerdote trabalha no piloto automático...
Dormir pouco,
comer mal, viver irritado são alguns dos sinais para o alarme funcionar. Jamais
amaremos ao próximo se antes não amarmos a nós mesmos. E amar a si mesmo
significa levar uma vida mais saudável. Tristes, cansados ou doentes não cumpriremos
a missão que Deus nos confiou.
Em caso de
tensão psicológica ou esgotamento físico (síndrome de Burnout: esgotamento físico e mental) precisamos pedir ajuda ao bispo da
diocese, ou alguém de muita confiança. Os
padres não podem sentir abandonados. Fazemos parte de uma grande família. E
nesta família cabe ao bispo desempenhar o papel de pai e, como tal, zelar pelas
necessidades dos filhos.
Três em cada
cinco padres experimentavam graus médios ou avançados de esgotamento
profissional, e da "síndrome do bom samaritano
desiludido".
Precisamos ter mais cuidado um dos outros; e todos
de um!
Você teria alguma outra coisa para acrescentar?
Será que só o estresse do dia-a-dia tem causado isso? Há outros fatores que tem contribuído também para toda esta situação, por exemplo, relacionamento tenso com o bispo, outros colegas de ministério, etc., podem ser fatores consideráveis. O povo exige, mais o povo também ama e cuida quando percebe que seu padre está no limite. Será que outros cuidam? Não se pode culpar apenas os trabalhos do cotidiano como causa do estresse e de suicídio de padres. Tempos atrás vi uma explicação de um bispo a respeito dos suicídios de padres dizendo que são causados por desajustes psicológicos. Será somente isso? Tem padres bons com depressão e desmotivados, mais não somente por causa dos trabalhos pastorais na comunidade. Há outras razões.
ResponderExcluirDiferentemente das outras atividades e ou profissões, a do Sacerdote vai além, é uma opção de vida. Tal opção, faz dele um ser diferenciado, NÃO PODE ERRAR, NÃO PODE FALHAR. Em tese, o sacerdote despoja-se de si mesmo para estar a serviço do próximo. Nem sempre a Comunidade torna a vida do Sacerdote mais leve, pelo contrário, é um fardo a mais a ser carregado. Agora, a disputa pelo território, diminui ainda mais a qualidade de vida do padre. Aqui deveria entrar o trabalha dos Bispos, mas, invariavelmente são omissos. Confesso, chego a ter pena dos padres que muitas das vezes, nem o que comer têm. Seria de bom alvitre, que nas cidades, houvesse uma única casa, onde os sacerdotes residissem, onde pudessem partilhar entre si cada momento disponível. Onde pudessem ser comuns. Não há motivo plausível para viverem ilhados como hoje soa em acontecer. Sim, isso deprime, desanima, causa repulsa e por vezes não sentem mais motivo para viver, aqui entenda, viver a vida religiosa e ou a vida propriamente dita. Os Bispos são grandes responsáveis por isso.....
ResponderExcluirUm auxílio poderoso, simples, de eficácia milenar comprovada: A reza diária do Rosário.
ResponderExcluirTemos hoje muitos desafios no cumprimento da vida cristã no modo geral, a vida do Padre precisa ser bem cuidada por todos que se relacionam com ele, porque de fato ele é alvo da depressão, que é um mal do século. Não basta esperar que ele seja um exemplo de santidade e vida perfeita em Cristo. É importante lembrar que a Graça de Deus atua na natureza humana e por isso o que cabe a nós como paroquianos, parceiros, amigos ou superiores é viver antes de tudo uma vida de renuncia a si mesmo e amor ao próximo. Isso deve ser a base dos relacionamentos. Jesus deixou claro antes de sua paixão sobre a unidade. Será que ele já sabia da natureza do homem de querer ser egoísta e não cuidar uns dos outros? Rezar é muito importante, não deixo minhas orações de lado, mas vejo que não somos máquinas que ao simples apertar de um botão vai resolver, somos mais complexos, precisamos nos relacionar, e deixa eu dizer, relacionar saudavelmente, com amor e com renuncia é o que Jesus nos pede. Basta de relacionamentos superficiais!!!
ResponderExcluirPortanto irmãos amemos uns aos outros assim como Cristo nos ensinou. Deus abençoe seu dia!