O Papa Francisco criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis de um modo fundamentalista, dizendo que a Teoria da Evolução e o Big Bang são ambos reais (27/OUT/2014). A criação do mundo não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor.
"O Big Bang (explosão ocorrida há cerca de 13,8 bilhões de anos e que deu origem à expansão do Universo) não contradiz a intervenção criadora, mas a exige", disse o Papa Francisco.
A evolução tem um princípio e um fim e vai do mais simples até o mais complexo. Ninguém fica fora desse processo. Todos, queiramos ou
não, caminhamos para o ponto Ômega, aquele ponto final de maior beleza e perfeição.
Seria uma insensatez ficar fora dessa caminhada. É verdade que alguns desorientados (sem oriente!) se perdem nesse processo e
outros, desnorteados (sem norte!), só conseguem avançar depois de muitos tombos.
Lembremos: No
princípio foi a matéria e depois a vida brotando dela.
Esse salto qualitativo demorou milhões de anos a ser dado. Mais tarde, misteriosamente,
da vida emergiu a consciência, o ser
humano com suas visões diferenciadas do mundo, à medida que ele evoluía. Primeiro
foram os caçadores e recolhedoras de
frutos; eles tinham uma consciência arcaica e primitiva. Isso aconteceu 1
milhão de anos atrás, e ficaram quase 500.000 anos nessa etapa. Depois, surgiram
os hortícolas (trabalhavam a terra
com um pau ou uma enxada de pedra). Estes tinham um grau melhor de consciência e
liberdade, embora ainda fosse mágica e primitiva. Com
o passar dos séculos surgiu o homem agrário
usando o arado e até animais grandes domesticados. Estes tinham uma consciência mítica. Este passar da
enxada para o arado foi um passo gigantesco da humanidade e isto aconteceu
apenas 6.000 anos atrás. Por fim, chegamos ao ser humano industrial, com uma consciência diferente e mais evoluída, a racional. Por fim, nos nossos
dias, surge o ser informático com uma consciência
existencial muito maior e complexa. O que virá depois? Eu imagino que seja a o homem místico com sua visão contemplativa e holística...
A pós-modernidade
rejeitou os paradigmas de consciência mais antigos e obsoletos e começa a se apoiar no novo que controlamos. Não
é que as visões anteriores fossem erradas, mas eram incompletas e as novas parecem
melhores e mais inclusivas. Em todo esse processo evolutivo algo fica claro: o “ser humano” pensa, sente e observa seu processo evolutivo de modo diferente. Não
é o mundo que nos configura; somos nós que o configuramos e lhe damos significado.
Nesse processo de conscientização valorizamos a liberdade, como um dos valores
máximos do ser humano. Mas, sabemos que os nossos condicionamentos internos (DNA) e externos (culturais) são mais fortes do que sentimos e imaginamos. Contudo, queiramos ou não, sempre seremos atraídos “magneticamente”
pelo futuro e o ponto final da evolução.
E
você, o que acha desse processo?
Acho maravilhoso.
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