Estamos atravessando mares bem revoltos no
mundo e na própria Igreja. Há
reações de toda espécie e interpretações completamente díspares. No entanto, o Papa Francisco tem desempenhado uma
liderança exemplar com muita lucidez, grande coragem e renovada abertura,
mas sobretudo com uma humildade evangélica que salta aos olhos.
Certamente seu
pontificado não será muito longo, mas ele deixará um legado precioso, e as
mudanças que serenamente está empreendendo provocarão uma renovação comparável
ao tem sido o abençoado Concílio Vaticano II.
Evidentemente, na
barca de Pedro sempre haverá aqueles que desejam remar para trás, e não
compreendem o itinerário a seguir. Não foi assim também com os discípulos de
Jesus? Basta ler com atenção o Evangelho de Marcos, por exemplo, e veremos uma
série de contradições do começo ao fim entre a proposta de Jesus e o
acolhimento dela por parte dos seus seguidores. Ao final do Evangelho não é nenhum deles que professa a fé em
Jesus, mas, sim um soldado romano: "Realmente este homem era Filho de Deus!" (Mc 15,39).
O que temos visto é bem isso. O Papa Francisco está sendo mais compreendido e acolhido pelos de ‘fora’
do que propriamente pelos de ‘dentro’, que lhe fazem resistência.
Foram exemplares os passos seguidos até aqui e que poderíamos
caracterizar em três momentos
significativos, que se sucederam ao redor das comemorações do Natal. Foi
exatamente por ocasião da saudação natalina aos membros da Cúria Romana que o Papa apontou, em dezembro de 2014, quinze enfermidades que afetavam as
estruturas e as pessoas na Igreja. E nesse passo ele "deu nome aos bois", como
popularmente dizemos. Num segundo passo,
dezembro de 2015, ele ofereceu os
remédios que poderiam sanar as tais enfermidades. E, finalmente, dezembro
de 2016, anunciou as reformas que seriam
implementadas para o bem da Igreja toda.
Com a mesma mansidão, com confiança em Deus, com amor à
Igreja, com espírito aberto, com os olhos fixos em Jesus, com os pés na missão
e com as mãos enlameadas na realidade em que vivemos, nós também deveríamos ter a coragem de apontar nossas dificuldades,
encontrar os remédios necessários e propor mudanças significativas para
continuarmos na fidelidade ao Evangelho.
Nada de querer voltar atrás! Também não nos ajudam atitudes
pessimistas de quem fica só se lamentando da situação em que estamos metidos.
Igualmente, o caminho não será feito de forma individualista, onde cada qual
faz o que bem entende. Certamente, não ajuda a atitude daqueles que giram como
mariposas ao redor do poder e se pavoneiam exibindo as "certezas e
verdades" que aparentam ter!
Faz-se necessário mantermos a consciência
crítica, a capacidade de diálogo, a paciência associada à perseverança, a articulação do povo de Deus e dos seus
agentes e ministros e muita oração e confiança em Deus.
Nesse ano Mariano, peçamos à Maria a graça de escutarmos o que seu Filho
nos pede realizar, pois o povo não tem mais o vinho da alegria!
Tu és Francisco e sobre Ti renovarei a
ResponderExcluirminha Igreja ! E Francisco responde: Senhor
faze de mim um instrumento de vossa paz!
E deixou-nos este exemplo :
" Comece fazendo o que é necessário, depois
O que é possível,e de repente você está fazendo
O impossível. " Este nosso Santo Padre, já iden-
ficado com o legado de São Francisco escreveu
esta bela Exortação " Amores Laetitia " .
Assim , vamos assistindo o sopro
do Espírito Santo renovando todas as coisas.
Voilá ! Je suis FRANCISCO !