O Secretario de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, visita
Rússia (20 a 24/AGO), para
reunir-se com o Patriarca de Moscou e o governo. Alguns dizem que seriam os
primeiros passos para uma visita do Papa a esse país.
As diferenças entre ortodoxos e católicos são antigas. No século IV, começaram os debates
cristológicos, o que levaram séculos depois ao Grande
Cisma (1054), quando ambas Igrejas, Ortodoxa/Constantinopla e Católica/Roma
se separaram.
No século XVI se estabelece o Patriarcado
Ortodoxo de Moscou, como Igreja autocéfala.
Desde finais do século XVIII até
1917 houve Nunciatura papal (embaixada) em Moscou.
Em 1866, Rússia rescindiu
unilateralmente a concordata de 1847, e desde então os bispos católicos eram nomeados
pelo Imperador russo de acordo com o Papa.
Após a Revolução de outubre, 1917,
o clero católico foi perseguido terrivelmente. Em 1989, acontece a queda do muro de Berlim, e surge a diocese católica
de Moscou.
Com o Concilio Vaticano II
(1962-1965), a Igreja católica reconhece oficialmente a ortodoxa, e começa um diálogo bilateral entre as duas
Igrejas (1980) com mais desconfianças do que avanços.
A princípios dos anos 90, o relacionamento entre as duas Igreja
chegou ao seu ponto mais baixo. As desconfianças se materializaram pelo cresete
proselitismo católico, em território russo, e a forte tensão entre ortodoxos e
uniatas na Ucrânia.
Já que as coisas não avançavam,
o Papa João Paulo II decidiu elevar a
Dioceses as 4 estruturas administrativas católicas em Rússia, 2002,
provocando maior descontentamento na hierarquia ortodoxa.
Por fim, aconteceu o esperado encontro entre Patriarca Kiril e o Papa Francisco,
2/FEV/2016, em Cuba. Reunião histórica dos chefes das duas Igrejas, e na
qual assinaram uma declaração conjunta pedindo à comunidade internacional aunar
esforços para proteger os cristãos de Oriente Meio e África. Os assuntos internos de ambas igrejas ficaram
em banho-maria.
Esperemos que agora maiores passos possam ser dados.
0 comments:
Postar um comentário