Charlie Gard padecia uma doença
irreversível. Os pais da criança lutaram corajosamente pela vida do menino enfrentando médicos e juízes. Esse debate chegou aos meios de comunicação que tomaram
partido pelo pequeno que padecia o síndrome
de esgotamento mitocondrial, doença genética que provoca uma paralisia progressiva e que conduz à morte.
Os médicos ensaiaram diferentes
terapias mantendo artificialmente viva a criança, mas não tendo resultados,
propuseram desligar os equipamentos.
Isso exacerbou os ânimos de muita gente.
Diante do óbito do pequeno Charlie gostaria de propor algumas reflexões:
Ninguém é
obrigado a manter artificialmente uma vida que já
não tem retorno.
É moralmente lícito interromper os procedimentos
médicos custosos ou extraordinários, pois a vida física nem sempre é um
bem para o doente. Isso não é eutanásia, mas ortotanásia ("morte correta"; orto: certo
e thanatos: morte), isto é, deixar que o processo natural de morte
desenvolva o seu curso natural.
Não se provoca diretamente a morte, o que seria ilícito, mas se
desconecta o doente dos equipamentos que o mantem artificialmente com vida.
É moralmente licito suspender a terapia quando a vida já chegou ao seu fim natural. O que está em jogo não é a vida,
mas se essa vida pode subsistir físicamente. Se a medicina já não tem mais
nada a fazer, pode-se ajudar o doente a finalizar sua existência de um modo
digno, contando com o carinho da família e a
oração dos cristãos.
O que aconteceu com o pequeno Charlie
Gard foi o desligamento dos aparelhos por morte cerebral. Essa decisão não é fácil, mas é moralmente legal.
E você o que
pensa sobre esse assunto?
Concordo com esse posicionamento. Embora seja difícil a separação de quem se ama,precisamos ser sensíveis à dor do outro. Nenhuma vida dura para sempre.A morte é inevi
ResponderExcluirtável. Penso que.não prolongar o sofrimento inútil seja um profundo ato de amor.
Este caso não seria semelhante aos que acontecem em que o paciente
ResponderExcluirconstatado a morte cerebral , caso tenha o consentimento da
família, pode estar apto para doar os órgãos para salvar outras
vidas? Para mim foi mais uma ação espectaculosa mediática. Se houve
um esforço médico para aplicar todos os recursos
mas não havendo êxito, a doação de órgãos é legal, ético e um
gesto de grandeza dos pais. Todos nós temos o direito de morrer
com dignidade. A doação de órgãos é um gesto humanitzrio e aprovado
pela nossa Igreja Catolica e outras .Tudo
deve ser esclarecido à luz da verdade. É
claro que deverá passar pelos exames de
compatibilidade e outros para definição médica
.