Dona Joana de Áustria, filha do Imperador Carlos V,
irmã do rei Felipe II, de Espanha, casou-se
aos 16 anos, com o príncipe herdeiro de Portugal: Dom João, que contava então
15 anos de idade.
As grandes ordens religiosas contam com uma rama
feminina: beneditinas, franciscanas, dominicanas, agostinianas, etc. menos a Companhia de
Jesus. Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, teve seus motivos para não
estabelecer uma comunidade de “jesuitinas”. Mais ainda, nas Constituições da
Ordem deixou clara essa sua decisão.
Não foi por machismo ou misoginia que Inácio fez isso,
mas por motivos apostólicos. Inácio de Loyola mostrou sempre um grande apreço
pelas mulheres e algumas delas foram muito achegadas a ele. Mas, essa norma foi quebrada pelo próprio fundador. Foi assim:
Em OUT/1554 chegou a Inácio um pedido
estranho, por parte de quem naquele
momento era a pessoa mais poderosa do mundo: a Regente de Espanha, D. Joana de
Áustria.
A jovem regente, 20 anos de idade, viúva e mãe de um menino (o famoso
Infante D. Sebastião, de Portugal), solicitava
ser admitida na Companhia de Jesus. O
que fazer?
Consultando o assunto com seus conselheiros, Inácio decidiu receber sua Alteza
como jesuíta, mas mantendo isso em absoluto segredo. Ela não deveria mudar
em nada sua vida de governante. Buscou-se um pseudônimo, para referir-se a ela
na correspondência oficial: Mateo
Sánchez.
Poucos souberam deste segredo guardado a 7 chaves: A poderosa D. Joana se
fez jesuíta, as escondidas, professando
os primeiros votos de pobreza, castidade e obediência.
D. Joana, abdicou à coroa portuguesa e
foi a única a pertencer à Companhia de Jesus, até morrer aos 37 anos de idade. Essa mulher sendo soberana de Espanha, levou uma vida
austera e muito religiosa. Todos diziam que o seu Palácio de Valladolid parecia
mais com um convento. Pelo seu voto de castidade, renunciou a diversos
candidatos que a cortejaram.
No dia 7/SET/1573 Dona Joana de Áustria levou para o túmulo o seu segredo, revelado séculos depois pelos arquivos romanos da Companhia de Jesus.
Então, eu me pergunto: Se uma mulher foi jesuíta por que outras não o poderiam ser?
Tá aí uma boa pergunta! Será que os motivos apostólicos de Inácio seriam os mesmos nos dias de hoje? Um bom motivo de discernimento a ser feito...
ResponderExcluir" Uma mulher do Céu movida pela fé, move o coração de Deus" .
ResponderExcluirTenho fé que veremos muitas mudanças ainda nas decisões da Santa Sé . Como já no passado houve muitos acertos e erros na condução dos destinos da nossa
Santa e amada Igreja . A parte humana na qual Jesus delegou os destinos da igreja , , nas mãos de Pedro , ainda que fosse uma rocha , , e com o reforço do Espírito Santo , nâo isentou os seus sucessores de agir como homens . As mulheres já dominam uma grande
Área do pensamento e decisões das diversas congregações. Ainda assim , como Maria
guardam no silêncio de seus corações a oportunidade de amar emergir , dentro de suas
áreas de competênciass na missionariedade .
"Se uma mulher foi jesuíta por que outras não o poderiam ser?". Uma pergunta para a pergunta: que tipo de mulher estaria interessada nisso?
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