O Papa entre o Cardeal Sandri e o nosso Padre Geral...
Na mensagem entregue ao grão-chanceler do Pontifício Instituto Oriental,
Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o
Papa saudou toda a Comunidade Acadêmica do Pontifício Instituto Oriental,
recordando o Papa Bento XV que o fundou, em 15 de outubro de 1917, poucos meses
depois da Congregação para as Igrejas Orientais.
Para essa fundação, o Pontífice fez referência à abertura ao Oriente iniciada no Congresso
eucarístico de Jerusalém de 1893, desejando criar um centro de estudos que
deveria ser uma sede idônea de estudos superiores sobre as questões orientais,
destinada a formar também sacerdotes latinos que quisessem exercer o sagrado ministério
junto aos Orientais.
Desejava-se desde o início que esse centro de estudos fosse aberto
também aos Orientais unidos e ortodoxos, de maneira tal
que se procedesse contemporaneamente à exposição
das doutrinas católica e ortodoxa. Assim, o fundador colocou a nova
instituição num horizonte que podemos dizer hoje eminentemente ecumênico.
Para resolver os problemas iniciais do
Instituto, Pio XI, acolhendo a sugestão do primeiro
diretor, o Beato Alfredo Ildefonso Schuster, em 1922, decidiu confiar a estrutura à Companhia de Jesus (Jesuítas).
A história inicial do Pontifício Instituto Oriental foi caracterizada
por um certo conflito entre estudo e pastoral. O Papa na visita que fez no dia 12/OUT pelo centenário da instituição convidou
os professores a colocarem a pesquisa
científica em primeiro lugar em seus compromissos, seguindo o exemplo dos
predecessores que se destacaram na produção de contribuições prestigiosas.
O Papa Francisco exortou os professores a se manterem abertos a todas as
Igrejas Orientais, consideradas não somente em sua configuração
antiga, mas também na difusão atual e às vezes na atormentada dispersão
geográfica.
O Pontifício Instituto Oriental tem uma missão ecumênica
a ser cumprida, através do zelo das relações fraternas, do estudo aprofundado das
questões que ainda hoje nos dividem e colaboração efetiva sobre temas
importantes, na expectativa de que, quando o Senhor quiser e na medida que
somente Ele conhece, todos sejam uma só coisa. A este propósito, a presença crescente de estudantes
pertencentes às Igrejas Orientais não católicas confirma a sua confiança no
Pontifício Instituto Oriental.
Com a queda de regimes totalitários e várias
ditaduras, que em alguns países criaram condições favoráveis para o aumento do
terrorismo internacional, os cristãos das Igrejas Orientais estão
experimentando o drama das perseguições e uma diáspora cada vez mais
preocupante. Sobre essas situações
ninguém pode fechar os olhos.
O Pontifício Instituto Oriental é chamado a
ser também “lugar propício para favorecer
a formação de homens e mulheres, seminaristas, sacerdotes e leigos capazes de
dar razão à esperança que os anima e sustenta”.
Como porção de Igreja em saída, o Pontifício Instituto Oriental é
chamado ouvir e rezar, para entender o que o Senhor deseja neste momento, buscando novos caminhos a serem percorridos. É preciso estimular os
futuros pastores a infundir em seus fiéis orientais um amor profundo por suas tradições e rito de pertença, e ao mesmo
tempo sensibilizar os bispos das dioceses latinas a cuidarem dos fiéis
orientais que se deslocaram geograficamente, garantindo-lhes uma adequada assistência
espiritual e humana.
Enfim, o
Papa deseja que o Pontifício Instituto Oriental “prossiga a sua missão com impulso renovado, estudando e difundindo com amor e honestidade intelectual, com rigor
científico e perspectiva pastoral as tradições das Igrejas Orientais em suas
variedades litúrgica, teológica, artística e canônica, respondendo cada vez
mais às expectativas do mundo de hoje a fim de criar um futuro de reconciliação
e paz”.
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