Com a passagem do Livro do Levítico em que o Senhor anuncia a
Moisés que o quinquagésimo ano prevê a libertação dos escravos e uma referência
ao Decreto Unitatis redintegratio, do Concílio Vaticano II, o Papa Francisco abriu o seu discurso à
delegação do Conselho Metodista Mundial, recebido em audiência na manhã
do dia 19/OUT, no Vaticano.
O encontro realizou-se por ocasião do 50º aniversário do início
do diálogo teológico metodista-católico, um caminho em que “somos irmãos, que após uma longa separação,
estão felizes por reencontrarem-se e redescobrirem-se uns aos outros”.
“Os outros familiares de
Deus podem nos ajudar a nos aproximarmos ainda mais ao Senhor, recordando o convite à santidade do teólogo
John Wesley, fundador do movimento protestante metodista – e estimular-nos
a dar um testemunho mais fiel ao Evangelho”.
Fé tangível
que “se concretiza no amor”, e em particular, “no serviço aos pobres”, como resposta
ao antigo convite da Palavra: “Proclamem
a libertação para todos os moradores, para todos os habitantes do país”.
Trata-se do “mesmo chamado
à santidade que, sendo chamado à vida de comunhão com Deus é
necessariamente chamado à comunhão com os outros”.
Neste sentido, a exortação para “crescer em uma maior comunhão”,
de prosseguir o caminho “com uma nova
fase de diálogo que está por aproximar-se sobre o tema da reconciliação”,
na certeza da ação do Espírito de Deus que sempre cria novos carismas e “o
milagre da unidade reconciliada”.
O dom da graça que “descobrimos
uns nos outros”, com o consequente enriquecimento recíproco e a consciência
de sermos “irmãos e irmãs em Cristo”, marcam aquele novo tempo, para o
qual devemos “nos preparar, com esperança
humilde e empenho concreto”, ao “pleno
reconhecimento que terá lugar, com a ajuda de Deus, quando finalmente podermos
nos reencontrar juntos na fração do Pão”.
Ao concluir, o
Papa Francisco convidou todos a rezarem juntos o Pai Nosso, para que o
Senhor conceda “o pão de cada dia” em sustento do novo caminho comum.
É bonito ver os irmãos protestantes encontrando-se com o Papa quando antes o papado era ocasião de desencontros e separações... Deus vai nos reunindo, e nós aprendendo a nos amar...
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