A Província centro-americana dos Jesuítas pronunciou-se no sábado (02/DEZ) sobre o momento de incerteza que Honduras está vivendo devido ao prolongar-se do escrutínio, após as eleições presidenciais de 26/NOV, e por causa das manifestações de praça que registraram sete vítimas fatais.
Magistrados buscam não respeitar
vontade popular manifestada nas urnas. “Denunciamos
a falta de profissionalismo e ética do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), ao
atrasar sistematicamente a comunicação dos resultados, quer parciais, quer
definitivos. Não se trata apenas de uma suspeita, mas da certeza de que nesta
situação tem havido uma tosca manipulação por parte dos magistrados,
influenciados pelos poderes concretos e obscuros que por parte do Estado e de
outras realidades buscam não respeitar a vontade popular manifestada nas
urnas”, lê-se no comunicado dos Jesuítas.
Tribunal faz de tudo para esconder
vitória da oposição
“O Tribunal especial está tentando de
tudo para esconder a vitória inesperada da oposição ao atual presidente, que
fez o que estava a seu alcance, legal ou ilegalmente, para ser reeleito”,
afirmam.
Jesuítas denunciam repressão do Estado
contra povo hondurenho
No
comunicado assinado pelo provincial, Pe. Rolando Alvarado, os Jesuítas
denunciam “a repressão dos órgãos do Estado contra o povo de Honduras” e se solidarizam
com a “defesa pacífica da democracia e dos direitos dos cidadãos”, considerando
que grande parte do povo “foi brutalmente reprimida na manifestação de protesto
diante de uma clara e evidente fraude eleitoral”.
Pedido de respeito à decisão soberana
do povo assegurada pela Constituição
“Pedimos com veemência o respeito pela
decisão do povo, expressa nas urnas exercendo o direito de uma livre expressão,
assegurada pela Constituição. Porém – prossegue a nota –, o Governo não está respeitando a vontade popular e lança o Exército e
outros órgãos de polícia estatal contra o povo, que está se manifestando de
modo pacífico no sentido de defender seu voto e para denunciar as fraudes
eleitorais por parte do Tribunal Superior Eleitoral.”
E você o que pensa?
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