Se doar meu corpo, não haverá
velório? Aceitando a doação, corro risco de acelerarem minha morte?...
O
assunto desta conversa é a doação do corpo após a morte, na Faculdade de Medicina da UFMG. Bate-papo descontraído, em meio a
risos e muita curiosidades, de pessoas que decidiram doar seus corpos à Medicina.
Nascido na cidade histórica Ouro Preto (MG) e com formação católica, o médico formou-se nos anos 1970. Aos
28 anos, tornou-se professor de anatomia da UFMG. Hoje, aos 62, e com 34 anos
de docência, também confessasse é doador.
Enquanto o professor esclarece as
principais dúvidas e destaca que a doação ajuda centenas de
estudantes.'
Hoje, são 68 corpos disponíveis
para estudo na Faculdade, sendo que 30 ainda não foram dissecados. Uma média de
20 alunos por cadáver. Ainda que existam recursos
tecnológicos e modelos em 3D do corpo humano, nada substitui o cadáver.
Quanto maior o grupo de interessados, mais
vontade as pessoas têm de doar. A maioria chega decidida, tendo
superado diversos entraves culturais.
Os candidatos à doação procuram a
Faculdade de Medicina. Após esse processo, assinam um termo de doação
baseado na lei 8.501, de 1992, que garante que o corpo será utilizado apenas
para fins de estudo.
Após a comunicação do óbito, um
funcionário fica responsável pelo traslado e pela documentação.
A orientação nos casos de doação
é que ocorra um velório apenas simbólico, e a religião não chega a ser
determinante na decisão de doação.
Ao chegar à faculdade, o corpo
segue para o setor de necropsia, onde fica em uma câmara fria, com temperaturas
de 4ºC a 6ºC. Após a preparação, o cadáver é
mantido submerso em um tanque de formol, o que impede seu ressecamento, até o
momento de ser utilizado. Os corpos usados nos laboratórios
são retirados dos tanques na segunda-feira e recolhidos de volta na
sexta-feira.
A vida é muito boa! A gente ama viver por isso decidi pela doação... disse a mãe do meu amigo Fernando Cyrino.
E você o que pensa sobre esse assunto?
Como se faz para doar?
ResponderExcluirvisite este site, André. Tem tudo explicado: https://site.medicina.ufmg.br/vidaaposavida/
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