O Papa Francisco
presidiu hoje à Missa do Dia de Reis, no Vaticano, e alertou para as “estrelas cadentes” do sucesso e do
dinheiro, que enganam o ser humano.
“Há estrelas deslumbrantes, que suscitam emoções fortes, mas não indicam
o caminho. Tal é o sucesso, o dinheiro, a carreira, as honras,
os prazeres procurados como objetivo da existência. Não passam de meteoritos: brilham por um pouco, mas depressa caem e
o seu esplendor desaparece. São estrelas cadentes, que, em vez de orientar,
despistam”.
As três figuras hoje apresentadas mostram a necessidade de “olhar para o
céu: “Na vida, muitas vezes, contentamo-nos com olhar para a terra:
basta a saúde, algum dinheiro e um pouco de divertimento. E pergunto-me: Sabemos nós ainda levantar os olhos para o
céu? Sabemos sonhar, anelar por Deus, esperar a sua novidade, ou
deixamo-nos levar pela vida como um ramo seco pelo vento?”.
Os Magos mostram que é preciso “manter alto o olhar” para se chegar a
Jesus cuja estrela “nem sempre é fulgurante, mas está sempre presente”.
“Jesus deixa-se encontrar por quem O busca, mas, para O buscar, é preciso mover-se, sair. Não ficar à espera; arriscar.
Não ficar parados; avançar”, apelou.
“Para encontrar Jesus, é preciso perder o medo de ir a jogo, a
satisfação do caminho andado, a preguiça de não pedir mais nada à vida”.
A homilia aludiu ainda aos presentes que as figuras do Oriente levaram
consigo ao presépio, para homenagear Jesus, sublinhando o que, hoje, os católicos devem oferecer como presentes:
“Cuidar dum doente, dedicar tempo a uma
pessoa difícil, ajudar alguém que não nos inspira, oferecer o perdão a quem nos
ofendeu”.
“Dar gratuitamente, por amor do
Senhor, sem esperar nada em troca: isto é sinal certo de ter encontrado Jesus”,
declarou o Papa.
A Epifania, palavra de origem grega que significa ‘manifestação’,
celebra-se sempre a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil; nos outros
países, assinala-se no segundo domingo depois do Natal, como acontece no Brasil,
este ano a 7 de janeiro.
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