Eu
entendo a `inocência´ do senhor Lula. Primeiro, que
ninguém é obrigado a se acusar publicamente; e segundo, que ninguém é culpado até
que o ministério público o provar.
O que me choca é que num país onde a
permissividade corre solta queiramos enquadrar na lei só algumas pessoas. Eu nunca vi nenhum dos corruptos,
traficantes ou mesmo sonegadores de impostos pedir perdão pelos seus atos ilícitos.
Pelo contrário, se gabam da boa vida que levavam.
Quem
cair na malha fina da lei, está perdido.
A lei é fria, objetiva e técnica; as pessoas,
pelo contrário, têm seus sentimentos, distrações e carências. É impossível aplicar
uma coisa na outra sem desintegrar ambas. Vivemos no `faz de conta´, e que não existe pecado do lado de baixo do equador, como lembrava o
genial Ney Matogrosso.
Não existe uma viva alma mais honesta do que eu bradava Lula 2 anos atrás. O problema está na
consciência que não temos dos nossos ilícitos. Todos somos `inocentes´, até
aparecer o fantasma da lei. E quando ela chega, ainda acreditamos que é um jogo político, de cartas marcadas, de ricos contra
pobres... Tudo, menos reconhecer-se errado e pedir perdão pelo erro cometido.
Para vivermos conforme à lei precisamos mudar o nosso modo de ser. E eu
não sei se isso é possível. Talvez o melhor seja viver como se a lei não existisse, e se ela
nos pegar fazer de conta que ainda somos inocentes...
Não há dúvida de que Lula é um líder popular, o problema é que ele esqueceu, como tantos outros, da existência da lei.
E você o que pensa desse problema?
Lucidez! Simples assim!
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