Reconheço que não é fácil falar de `pureza´
nos dias de hoje... Uma anedota: Quando
os jesuítas chegaram em Juiz de Fora/MG, para iniciar uma obra educativa, quiseram dar o nome de “Colégio Imaculada” ao estabelecimento que
começava, mas logo se viu que um colégio, naquela época, só para rapazes e esse nome `não era muito adequado´, e passou ser “Jesuítas”. E era o ano de 1956!
Buscamos a `pureza´
nos alimentos (água, azeite, óleo...), mas descuidamos a dimensão pessoal e
social. Vivemos uma poluição ambiental e moral contaminada. Com tudo, creio
honestamente que, esse tempo complexo e por vezes conturbado que vivemos, nem
tudo foi ruim. O que chamávamos de `pureza´
ocultava, não poucas vezes, muito escrúpulo e algumas neuroses.
Desde então, muita
água passou pelos nossos moinhos... A sociedade do bem-estar se fez mais democrática
e liberal. As coisas mudaram, e do sexo fácil se passou para as drogas fáceis da
felicidade. Éramos donos da nossa
liberdade, mas não das suas consequências... Dos exageros libertinos
aprendemos a nos defender, e a não ser uma maria
vai com as outras... vivendo conscientemente os próprios valores morais e
religiosos.
Não somos
perfeitos, mas provavelmente somos mais coerentes no caminho do bem e da gratuidade,
e quem sabe até tenhamos rezado algumas vezes, como o velho santo Agostinho: Dai-me o dom da castidade, Senhor, mas ainda
não...
Sabedor de
nossas fraquezas o grande Paulo de Tarso dizia: Despojemo-nos das obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz...
Paulo estabelece uma ligação muito
estreita e bonita entre `pureza´ e `santidade´, entre `pureza´ e `Espírito
Santo´, pois o contrário de `espírito´ Santo é ter um `espírito´ impuro ou até `espírito´
de porco.
Diante das
duas atitudes opostas “pureza ou
impureza” Paulo insiste em sermos santos, pois o nosso corpo é templo do
Espírito Santo. A nossa pessoa não está
destinada para a corrupção, mas para a ressurreição e a glorificação do Senhor.
Um dia seremos iluminados, transformados em beleza pura, amor gratuito, luz esplendorosa,
sem mancha nem ocaso.
Vivamos, pois, o que um dia seremos. Deus nos convida a experimentar já agora a
inocência original, e a simplicidade no viver e a experimentar a felicidade dos puros de coração, porque
verão a Deus.
Gostei muito ! O equilíbrio do jesuíta até nas pequenas coisas .
ResponderExcluir
ResponderExcluirComo buen Jesuita,escribi y detalla,con mucha claridad. Lo felicito