O Cardeal Robert Sarah (*1945) continua sua campanha solitária sobre a `reforma da reforma´ na liturgia falando o que não deve. E o mais grave é que ele busca plateias que o queiram ouvir, que sempre existem, e como responsável da comissão de liturgia do Vaticano (prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos) suas palavras ecoam um pouco mais forte, criando maior confusão.
Alguém deveria parar este senhor,
já repreendido publicamente pelo Papa Francisco por
seus pontos de vista estranhos sobre a liturgia.
Recentemente, em uma introdução a um livro
sobre as práticas de comunhão, o cardeal escreve: "Podemos entender como o ataque
diabólico mais insidioso, aquele que consiste em tentar extinguir a fé na
Eucaristia, semear erros e favorecer uma maneira inadequada de recebê-la".
"Trata-se verdadeiramente de uma guerra entre Miguel e seus Anjos de um
lado, e Lúcifer no outro lado, no coração dos fiéis: o alvo de Satanás é o
Sacrifício da Missa e a Presença Real de Jesus na hóstia consagrada".
O cardeal pergunta por que ficamos
em pé - em vez de se ajoelhar - e recebemos a comunhão na mão. "Por que essa atitude de falta de submissão
aos sinais de Deus?"
O Vaticano, faz muito tempo, permite que os fiéis
recebam a comunhão na mão e essa prática tornou-se
quase universal. Equiparar a posição e o
recebimento na mão da comunhão a um gesto de Satanás é uma barbaridade teológica e uma irresponsabilidade pastoral.
Em um mundo tão dividido, não é
conveniente o Cardeal Sarah dividir os católicos ainda mais. A prática mais antiga de
distribuir a Sagrada Comunhão era dar a comunhão na palma das mãos. São Cirilo de Jerusalém, já no século V, dizia que os fieis, ao receberem a comunhão, deveriam 'fazer da mão esquerda um trono para a direita, como para receber um Rei'. Como o cardeal diz que isso é `diabólico´?
Este cardeal defendeu também o
culto ad orientem, a prática de fazer com que o padre fique frente ao
altar do mesmo modo que a congregação de fieis,
o que significa virar as costas para o povo. No ano passado, ele expressou
seu desacordo com uma diretiva de Francisco destinada a dar aos bispos locais
mais controle sobre as traduções dos textos da missa.
Senhor cardeal, a Eucaristia não é um ato devocional do padre, mas a presença sacramental do Senhor Jesus no meio do seu povo.
Por favor, senhor cardeal!
Por favor, senhor cardeal!
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